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Leucemia Mielóide Crônica Imprimir E-mail
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O que é leucemia

Leucemia é uma doença provocada pela desordem generalizada na produção de células sangüíneas. Acumulam-se células anômalas no sangue, na medula óssea, fígado, gânglios e, raramente, em outros órgãos. Há, basicamente, quatro tipos de leucemia: mielóide crônica, linfóide crônica, linfoblástica aguda e mieloblástica aguda.

O que é sangue?

Para entender melhor o que é leucemia é preciso saber um pouco a respeito da composição e do funcionamento do sangue.

O sangue tem a função de transportar oxigênio, nutrientes, hormônios, entre outras substâncias para todas as partes do corpo, remover restos e garantir a defesa do organismo contra infecções. O sangue é composto por uma parte líquida (plasma) e outra, celular.

Há três tipos de células sangüíneas:

  • eritrócitos;
  • leucócitos;
  • plaquetas.

 

Os eritrócitos (glóbulos vermelhos) buscam oxigênio nos pulmões para abastecer os tecidos.

Os leucócitos (glóbulos brancos) são responsáveis pela defesa do organismo contra infecções. Há vários tipos de leucócitos no sangue, mas os principais são os granulócitos e os linfócitos.

Os granulócitos ou neutrófilos têm a função de "devorar" bactérias e outros elementos estranhos. A quantidade dessas células pode aumentar rapidamente quando há necessidade de combater uma infecção. Em seguida, seu número volta ao normal.

Os linfócitos produzem anticorpos, que desencadeiam o ataque contra vírus e bactérias invasoras. Como cada anticorpo só funciona contra um determinado microorganismo, anticorpos diferentes são fabricados para atacar os variados tipos de agentes infecciosos.

Os linfócitos também podem ser encontrados nos gânglios linfáticos, que fazem parte do sistema de defesa do organismo. Os vasos linfáticos transportam um fluido claro, chamado linfa, que circula pelo corpo. Os gânglios linfáticos funcionam como filtros, retirando restos de células e de bactérias da circulação linfática.

As plaquetas são pequenos fragmentos de células especializadas em estancar sangramentos. Quando uma veia se rompe, as plaquetas se reúnem para formar uma barreira e parar a hemorragia.

O que é medula óssea?
É um tecido esponjoso que fica no interior dos ossos chatos, onde se produzem as células que compõem o sangue.

Normalmente, as células em formação não entram na corrente sangüínea enquanto não estiverem completamente amadurecidas. Por esta razão, pode-se encontrar, na medula óssea, células em todas as suas fases de desenvolvimento.

A partir deste ponto, abordaremos,
especificamente, LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA.

Leucemia Mielóide Crônica (LMC) é conhecida como câncer de granulócitos (glóbulos brancos). Os granulócitos passam a multiplicar-se rápido demais na medula e entram na circulação sangüínea antes de estarem completamente amadurecidos, quando ainda não têm condições de desempenhar sua função corretamente. Depois de um certo tempo, estas células ocupam toda a medula óssea e impedem a produção dos eritrócitos e das plaquetas.

As causas da leucemia mielóide crônica ainda são desconhecidas, mas, assim como os demais tipos de câncer, não há nenhuma evidência de perigo de contágio. Geralmente, a doença progride lentamente e costuma acometer adultos, embora possa ocorrer em qualquer idade.

A LMC ainda não é considerada uma doença curável. Entretanto, novos tratamentos, menos tóxicos e mais eficazes vêm sendo desenvolvidos, com sucesso, em períodos de tempo cada vez mais curtos.

Sinais e sintomas mais freqüentes
Devido à sua lenta progressão, a detecção precoce da LMC raramente acontece. Às vezes, ela é assintomática (sem sintomas).

Alguns portadores de LMC não apresentam qualquer sinal ou sintoma e só descobrem sua existência ao receberem o resultado de um exame de sangue, feito por uma outra razão qualquer.

Em outros casos, há presença de sintomas, que podem ser:

 

  • cansaço constante;
  • falta de ar;

  • edema abdominal;

  • febre e suores noturnos;

  • perda de peso.

Como é feito o diagnóstico

Seu médico irá solicitar um exame de sangue. Se o resultado apontar uma contagem anormal de células, ele irá encaminha-lo para um hematologista (médico especialista em sangue). Outros testes serão feitos para estudar suas células sangüíneas mais detalhadamente. Caso a suspeita de leucemia ainda persista, o médico pedirá uma biópsia de medula para confirmar o diagnóstico e planejar o tratamento mais adequado para o seu caso.

Biópsia de medula óssea

Com uma agulha especial, uma pequena amostra de tecido da medula será retirada do osso pélvico (bacia) para ser examinada pelo patologista. Este procedimento costuma ser feito em regime ambulatorial, sob efeito de anestesia local e demora cerca de quinze minutos.

O médico irá prescrever-lhe um sedativo leve, caso você venha a sentir um certo desconforto ou dor local pelos próximos dias.

A maioria dos portadores de LMC tem um cromossoma (estrutura da célula que contém os genes) defeituoso, chamado cromossoma Philadelphia, que desencadeia a doença. Esse defeito cromossômico não é hereditário, portanto, se você tem filhos, não precisa preocupar-se.

O exame da amostra retirada da medula poderá acusar a presença desse cromossomo, o que irá determinar o diagnóstico e o tipo de tratamento que você deverá fazer.

Como se desenvolve a LMC
A leucemia mielóide crônica pode apresentar-se em duas fases:

Fase crônica - geralmente, é nessa fase que a maioria dos pacientes é diagnosticada. A progressão da doença costuma ser muito lenta e permanece estável por longos períodos. Nesta fase os sintomas são mínimos ou até mesmo inexistentes, portanto grande parte dos doentes leva sua vida normalmente, sem que haja necessidade de internação hospitalar. As visitas ao médico terão de ser feitas com a regularidade indicada, para que ele possa monitorar a evolução da doença por meio de exames de sangue. A fase crônica da LMC costuma permanecer na fase crônica de 4 a 5 anos em média.

Fase blástica ou acelerada - como o próprio nome sugere, na fase acelerada a doença desenvolve-se rapidamente. A mudança de fase pode ser percebida pelo resultado do exame sangüíneo ou pela presença de sintomas, tais como cansaço excessivo (devido à anemia), infecções constantes, sangramentos e hematomas sem causa aparente. Se você perceber um ou mais desses sinais, comunique-os ao médico imediatamente. Esses sintomas são conseqüência do aumento de células blásticas na medula óssea, que impedem a produção de células normais na quantidade necessária. Quando ocorre essa mudança de fase (chamada de transformação) a LMC comporta-se como uma leucemia aguda.

Em alguns casos, bastante raros, a LMC chega a uma condição chamada mielofibrose. Isso significa que a medula óssea torna-se incapaz de produzir glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas devido à formação de fibrina (como na cicatriz da pele, em que forma-se um tecido endurecido e fibrótico).

Tratamentos

Quimioterapia
Costuma ser o tratamento mais indicado para a LMC. Quimioterapia é a utilização de medicamentos específicos, com o objetivo de destruir células cancerosas. Ingeridas via oral ou injetadas na veia, músculo ou sob a pele, os quimioterápicos distribuem-se para todas as partes do corpo.

Seu tratamento será administrado de acordo com a fase em que sua doença se encontra. Na fase crônica, a LMC costuma ser tratada com injeções subcutâneas (sob a pele) de interferon alpha ou com quimioterapia em comprimidos ou, ainda, com a combinação das duas.
Quando a doença avança para a fase blástica, quimioterapia e interferon são administrados via intravenosa (na veia) ou subcutânea.

Interferon Alpha - é uma substância produzida naturalmente pelo nosso organismo para combater infecções por vírus, como gripe, por exemplo. Não se sabe ainda, exatamente, como o interferon age no combate a certos tipos de câncer.

A verdade é que ele tem demonstrado sua eficácia em alguns aspectos:

  • desacelera a divisão celular das células malignas;

  • reduz a capacidade de resistência das células malignas;

  • fortalece o sistema imunológico do organismo.

Na fase crônica, injeções subcutâneas desta substância são administradas diariamente ou três vezes por semana. Nas primeiras semanas de aplicação, interferon pode causar efeitos colaterais muito parecidos com os sintomas de gripe: dor de cabeça, dores nas juntas, nas costas, febre, calafrios, falta de apetite e cansaço.

O interferon pode causar, ainda, outros efeitos colaterais menos freqüentes, tais como: irritação da pele no local da aplicação das injeções, tontura, alterações de humor, queda de cabelo e formigamento na ponta dos dedos. Todos eles são temporários, cessando alguns dias após o tratamento, mas devem ser relatados ao médico assim que surgirem.

Existem outros recursos terapêuticos para serem empregados à medida que surgem problemas derivados da LMC. Por exemplo, quando a contagem de glóbulos brancos no seu sangue fica muito alta, há o risco de entupimento de veias. Isso pode ser evitado com a remoção dos leucócitos excedentes.

Esse procedimento chama-se leucoférese, que pode ser feito por meio de um aparelho que separa e elimina o excesso de glóbulos brancos ou com doses extras de quimioterapia. Essa conduta não pode ser adotada em pacientes que têm mielofibrose. Entretanto, seu estado geral pode ser adequadamente mantido por um longo período com transfusões sangüíneas e antibióticos.

Radioterapia

Se você for indicado para fazer transplante de medula óssea, é possível que, antes, tenha de fazer um tipo especial de radioterapia, em que todo o corpo é irradiado, a fim de destruir as células da medula.

Transplante de medula óssea

O transplante de medula óssea pode ser indicado para alguns pacientes, especialmente os mais jovens, quando encontram doadores compatíveis para a execução do transplante.


Fontes:
American Cancer Society
Johns Hopkins Oncology Center
National Cancer Institute


Obs.:
- Todo crédito e responsabilidade do conteúdo são de seus autores.
- Publicado em 17/11/03

- fonte: Instituto Day Care Center - http://www.daycare.com.br/
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