Também conhecido como neuroepitelioma periférico, o Sarcoma de Ewing foi descrito pela primeira, por volta de 1920, pelo Dr. James Ewing.
Trata-se de um tumor que pode se desenvolver em qualquer parte do corpo, originando-se, geralmente, em ossos, mais freqüentemente nos chatos, como costelas, vértebras ou bacia. Pode, também, iniciar-se em tecidos moles, quase sempre na região do tórax.
Sua ocorrência é maior em crianças e adolescentes do sexo masculino, de raça branca, sendo muito raro em negros e asiáticos. Sinais e Sintomas A maioria dos pacientes tem dor e/ou inchaço local, com ou sem febre. Estes sintomas podem apresentar melhoras e pioras periódicas, o que costuma atrasar o diagnóstico. Como é feito o diagnóstico O sarcoma de Ewing é freqüentemente confundido com osteomilite. Deve-se fazer um exame de cultura bacteriana que, se apresentar resultado negativo, descarta o diagnóstico de osteomilite, aumentando a suspeita de tratar-se de uma doença maligna. O diagnóstico de sarcoma de Ewing é sugerido pela história clínica do paciente, seguido de exames radiográficos. A confirmação requer a biópsia cirúrgica, em que se retira um fragmento do tumor, que será examinado à luz do microscópio. O material será submetido a análises para que se possa diferencia-lo de outros tumores, tais como neuroblastoma, rabdomiossarcoma ou linfoma ósseo. Confirmado o diagnóstico, o paciente será submetido a um exame de ressonância nuclear magnética para verificar a extensão da doença, detectar possíveis metástases e definir o plano de tratamento mais adequado para o caso.
Tratamentos A estratégia de tratamento é individualizada para cada paciente, pois dependerá de uma série de fatores, tais como tamanho, localização e estágio do tumor. O tratamento de Sarcoma de Ewing requer a remoção do tumor primário por meio de cirurgia e/ou radioterapia. Algumas vezes, a combinação das duas modalidades de terapia tem maiores chances de sucesso. A cirurgia consiste na retirada do osso afetado e no implante de uma prótese. À medida que a criança cresce, a prótese deverá ser substituída por outra maior. Quando o tumor está localizado no osso da perna ou do braço, com grande comprometimento de tecidos circunvizinhos, geralmente a amputação do membro é inevitável. A quimioterapia poderá ser indicada como medida pré-cirúrgica, para diminuir o tamanho do tumor ou pós-cirúrgica, para combater células malignas que não puderam ser removidas. Aproximadamente 30% dos pacientes apresentam metástases ou micrometástases (não detectáveis pelos métodos habituais de diagnóstico), para as quais a quimioterapia é aplicada com altas taxas de sucesso. Tanto a cirurgia como a radioterapia pode afetar o crescimento ósseo e/ou causar o encurtamento de tendões, o que pode implicar em futuras cirurgias reparadoras. Um grande número de crianças portadoras de sarcoma de Ewing obtém a cura, ficando com pequenas seqüelas, que as permitem levar uma vida praticamente normal.
fontes: American Cancer Society CancerBACUP U.K. INCA - Instituto Nacional do Câncer
Obs.: - Todo crédito e responsabilidade do conteúdo são de seus autores. - Publicado em 17/11/03 - fonte: Instituto Day Care Center - http://www.daycare.com.br/
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