O sistema linfático faz parte da defesa natural do organismo contra infecções. É composto por inúmeros gânglios linfáticos, conectados entre si pelos vasos (canais) linfáticos.
Os gânglios linfáticos estão situados no pescoço, axilas e virilha. Internamente, são encontrados, principalmente, no tórax (mediastino) e abdômen. As amídalas, o fígado e o baço também fazem parte do sistema linfático.
Os vasos linfáticos transportam um fluido claro, chamado linfa, que circula pelo corpo e contém células chamadas linfócitos. Estas células atuam como defesa contra infecções. Os gânglios linfáticos funcionam como filtros, retirando da circulação linfática restos de células e de bactérias que passam por eles.
Se, por exemplo, você tem dor de garganta, poderá notar que os gânglios do seu pescoço poderão estar aumentados. Isto é um sinal de que seu organismo está combatendo a infecção.
Por motivos ainda desconhecidos, em algum momento, os linfócitos agrupados nos gânglios linfáticos começam a multiplicar-se e crescer de forma desordenada. Como resultado desta desordem, haverá um excesso de produção deste tecido, que dará origem ao tumor.
Linfoma é o nome genérico usado para designar todo tipo de câncer do sistema linfático, que é classificado em dois principais grupos:
Os linfomas que se desenvolvem no sistema linfático podem ser encontrados em qualquer parte do corpo onde os linfócitos circulam. Podem ocorrer em um gânglio linfático isolado, em um grupo de gânglios linfáticos ou em órgãos como estômago, intestino, ossos, pele etc.
Existem vários tipos de linfomas não Hodgkin, mas, em geral, são classificados em 3 principais grupos, segundo seu crescimento:
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crescimento rápido (alto grau);
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crescimento intermediário (grau intermediário);
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crescimento lento (baixo grau).
Sinais e sintomas comuns
Algumas pessoas procuram o médico quando notam a presença de um gânglio linfático aumentado.
Muitas vezes, têm queixas não muito específicas, como cansaço excessivo, febre (em geral à tardinha), suores noturnos, calafrios, perda de apetite e de peso. Outras, procuram o médico porque apresentam sintomas mais definidos, tais como tosse ou dificuldade de respirar, dores abdominais, sangramentos, alterações nos hábitos intestinais, dores de cabeça etc.
Se você tiver qualquer um destes sintomas, consulte seu médico, mas lembre-se de que estes sintomas são, também, comuns a muitas outras doenças.
Como é feito o diagnóntico
O primeiro passo em direção ao diagnóstico é feito pelo médico, por meio de palpação, o que lhe possibilita detectar a presença de gânglios inchados. Ele vai querer conhecer seu histórico clínico e poderá solicitar algumas radiografias e exames laboratoriais.
Com os resultados dos primeiros exames em mão, o médico poderá ainda, se julgar necessário, solicitar uma biópsia.
A biópsia é o único método seguro para confirmar o diagnóstico de linfoma. Isto envolve uma pequena intervenção cirúrgica, geralmente sob anestesia local, em que um gânglio aumentado é removido para ser examinado ao microscópio.
Se a biópsia acusar a presença de câncer, outros testes serão necessários para avaliar a extensão da doença. Além de radiografia de tórax, ultra-som e tomografia computadorizada do abdômen e cintilografia óssea, seu médico poderá lhe solicitar outros exames tais como:
Biópsia da medula óssea - também sob efeito de anestesia local, o médico introduzirá uma agulha, geralmente no osso da bacia, que alcança a medula óssea e colhe material suficiente para ser examinado ao microscópio. Você poderá sentir algum desconforto durante este procedimento, que só levará alguns minutos.
Linfografia - é feita para detectar se a doença atingiu gânglios linfáticos do abdômen ou pélvis.
Este exame consiste em uma injeção de contraste, geralmente aplicada nos canais linfáticos dos pés.
O contraste sobe pelos canais linfáticos e se deposita nos gânglios da pélvis e do abdome. Estes gânglios são, então, radiografados e o médico pode diferenciar os que têm aspecto normal dos que apresentam sinais da doença.
O exame é indolor, mas pode ser cansativo e desconfortável. Sua pele e urina poderão ficar com uma coloração levemente esverdeada, que desaparecerá em 48 horas.
O linfoma não Hodgkin é classificado em 4 estadios:
Estadio I
Quando há envolvimento de um grupo de gânglios linfáticos em uma área restrita do corpo, ou quando um único órgão ou local é afetado sem o envolvimento de gânglios linfáticos.
Estadio II
Quando há envolvimento de mais de um grupo de gânglios linfáticos, acima ou abaixo do diafragma, ou quando está afetado um único órgão ou local com gânglios linfáticos adjacentes do mesmo lado do diafragma
Estadio III
Quando há envolvimento de gânglios linfáticos, tanto acima como abaixo do diafragma, com ou sem comprometimento do baço.
Estadio IV
Quando estão afetados mais de um órgão ou local com ou sem envolvimento de gânglios linfáticos.
Tratamentos
Os tratamentos utilizados no combate aos linfomas não Hodgkin são, geralmente, quimioterapia e radioterapia.
Você poderá ser submetido a um ou outro, ou até mesmo à combinação dos dois tratamentos.
Em muitos casos, uma cirurgia, para retirada de tumores, também poderá ser necessária.
O plano de tratamento definido pelo seu médico dependerá de vários fatores, como seu histórico médico, a localização dos gânglios aumentados, o estadiamento da doença e o seu estado geral de saúde.
Cada organismo responde ao tratamento de forma individual. Por esta razão, algumas vezes, seu médico irá ajustar para você, especificamente, o tipo de tratamento que irá receber. Ele poderá lhe dar instruções específicas sobre cuidados que deverão se tomados em casa e sobre os possíveis efeitos colaterais que poderão surgir durante a terapia.
Fontes:
American Cancer Society
M. D. Anderson Cancer Center
Obs.:
- Todo crédito e responsabilidade do conteúdo são de seus autores.
- Publicado em 17/11/03 - fonte:
Instituto Day Care Center -
http://www.daycare.com.br/