Diabetes e hipertensão, quando associados, aumentam drasticamente o risco de lesões cerebrais conhecidas como “derrames silenciosos”, segundo estudo publicado no Stroke, Journal of the American Heart Association, setembro. Os derrames silenciosos, também chamados de acidentes vasculares cerebrais silenciosos ocorrem quando vasos sanguineos menores do cérebro são obstruídos. Apesar da ausência dos sintomas clássicos de acidente vascular cerebral, como dor de cabeça repentina, tonturas e perda de coordenação motora, os derrames silenciosos aumentam o risco de um derrame futuro. Segundo o autor do estudo, Dr Kazuo Eguchi, do Departamento de Cardiologia do Jichi Medical School, Japão, além do aumento do risco, também há evidências de que múltiplos derrames silenciosos estão associados a problemas cognitivos, demência vascular e indiretamente associados ao mal de Alzheimer. A pesquisa mostrou que os indivíduos mais velhos, com diabetes e hipertensos há mais de dez anos têm maior risco de sofrer um ou mais derrames silenciosos. Com relação ao tratamento, Dr Eguchi ressalta que um controle mais agressivo da pressão arterial se faz necessário e que o paciente deve ser tratado como se ele já tivesse sofrido AVC. O tratamento farmacológico deve incluir drogas anticoagulantes assim como monitoramento para obstrução das artérias carótidas, as quais transportam o sangue ao cérebro.
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