A tiróide é uma pequena glândula situada na garganta, abaixo da laringe e é responsável pela produção de dois hormônios: tiroxina (T4) e triiodotironina (T3), que são fundamentais para a manutenção do equilíbrio metabólico do organismo.
A baixa produção de hormônios da tiróide (hipotiroidismo) causa cansaço, letargia, queda de cabelo, aumento de peso e, em mulheres, alterações da menstruação.
Quando a tiróide produz hormônios em excesso (hipertiroidismo), os sintomas são: agitação, ansiedade, diarréia, transpiração excessiva, palpitações e perda de peso.
Importante: Tanto o hipotiroidismo como o hipertiroidismo raramente estão associados ao câncer de tiróide. Entretanto, devem receber atenção e tratamento adequados.
Incidência do câncer de tiróide
O câncer de tiróide costuma afetar adultos, especialmente mulheres e sua ocorrência em crianças é muito rara.
Tipos de câncer de tiróide
Há quatro tipos principais de câncer de tiróide:
Papilar é o câncer de tiróide de maior prevalência e costuma ocorrer em adultos jovens, especialmente em mulheres. Geralmente, envolve apenas um lado da tiróide e pode espalhar-se pelos gânglios linfáticos. Seus índices de cura são elevados.
Folicular é o câncer de tiróide não tão freqüente quanto o papilar, porém, bem mais agressivo. Tende a espalhar-se pelas artérias e alojar-se em órgãos distantes como pulmão, ossos e pele. Geralmente, esse tipo de tumor acomete pessoas idosas.
Medular é pouco comum e costuma originar-se no lóbulo central da tiróide. Esse tipo de tumor é tido como familiar, ou seja, pessoas com familiares acometidos por esse tipo de câncer estão mais propensas a desenvolvê-lo.
Nesse caso, é aconselhável fazer exames, tais como dosagens de tireocalcitonina no sangue, a intervalos regulares, de acordo com a recomendação médica, para verificar se há sinais da doença.
Anaplásico é o tipo de câncer de tiróide mais raro e sua incidência é maior em pessoas acima de 65 anos de idade, igualmente em homens e mulheres. Tende a desenvolver-se rapidamente, o que diminui consideravelmente as chances de cura.
Sinais e sintomas mais freqüentes
Quase sempre, o câncer de tiróide desenvolve-se lentamente. O primeiro sinal costuma ser um ou mais nódulos indolores no pescoço, que crescem gradativamente. Ocasionalmente, o tumor pode pressionar a traquéia, causando dificuldades para engolir ou respirar.
Estes sintomas são comuns a várias doenças benignas, que devem ser igualmente investigadas.
Como é feito o diagnóstico
O médico irá palpar o(s) nódulo(s) e solicitar alguns exames de sangue para verificar o funcionamento da tiróide. Se julgar necessário, encaminhará o paciente a um especialista que pedirá outros exames tais como:
Ultrassom da tiróide
As ondas sonoras farão um gráfico da tiróide, que permitirão ao médico visualizar se o(s) nódulo(s) têm conteúdo líquido ou sólido
Cintilografia da tiróide
Uma pequena quantidade de líquido radioativo (iodo) é injetada na veia do braço do paciente. Cerca de 20 minutos depois, a substância será absorvida pela tiróide e o paciente será submetido à cintilografia que irá escanear a área, detectando possíveis células anormais.
Punção ou biópsia
Uma agulha fina é introduzida na tiróide do paciente, que estará sob efeito de anestesia local, para aspirar uma pequena quantidade de tecido que será examinada à luz do microscópio.
A punção é, atualmente, o método adjuvante mais utilizado para o diagnóstico de pacientes portadores de nódulos tireoideanos, pela sua simplicidade, segurança e baixo custo.
Tipos de tratamento
Cirurgia e radioterapia podem ser indicadas isoladamente ou combinadas entre si. O tratamento será determinado pelo médico, considerando uma série de fatores, tais como: idade do paciente, seu estado geral de saúde, tamanho e tipo do tumor, entre outros.
Cirurgia
A remoção cirúrgica do tumor é o procedimento mais indicado para a maioria dos casos. Quando o câncer é detectado no seu estágio inicial, a cirurgia propicia a cura completa para um grande número de pacientes.
Em pouquíssimos casos, é possível remover apenas a parte afetada da tiróide (tiroidectomia parcial) mas, a tiroidectomia total é a conduta mais freqüente.
Dependendo da extensão do tumor, a cirurgia pode afetar os nervos da laringe, o que costuma provocar uma alteração temporária da voz do paciente.
Pode haver, também, a necessidade de remover parcial ou totalmente as glândulas paratiroidianas, que têm a função de controlar o nível de cálcio no sangue. Nesses casos, o médico receitará suplementos de cálcio ao paciente.
Radioterapia externa (teleterapia)
Além da cirurgia, o médico poderá indicar sessões de radioterapia para destruir possíveis células que possam ter migrado para outras regiões do organismo.
Radioterapia interna (braquiterapia)
Quando o tumor já não está restrito à tiróide, o médico poderá indicar o tratamento com iodina radioativa, para destruir as células cancerosas remanescentes.
A iodina radioativa pode ser administrada oralmente, em líquido ou cápsulas ou, ainda, injetada na veia. Esta substância tem pouco ou nenhum efeito sobre outras áreas do organismo, que não têm a capacidade de absorvê-la. As células do tumor de tiróide, ao contrário, absorvem-na rapidamente, recebendo, assim, uma alta dose de radiação, com grande potencial de destruí-las.
O paciente tratado com iodina radioativa deve permanecer hospitalizado por cerca de cinco dias. Durante esse período, ele não poderá receber visitas, pois a radiatividade estará sendo eliminada do seu corpo pela urina, saliva e suor. Passado esse tempo, seu convívio com outras pessoas poderá voltar ao normal, não representando perigo algum.
Quimioterapia
A quimioterapia (uso de drogas citotóxicas) é raramente utilizada no combate ao câncer de tiróide. Ela pode ser aplicada, eventualmente, como tratamento adjuvante, em casos específicos de metástases.
Fontes:
American Cancer Society
CancerBACUP U.K.
M.D. Anderson Cancer Center
Obs.:
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- Publicado em 17/11/03
- fonte: Instituto Day Care Center - http://www.daycare.com.br/