gototopgototop

Referência em Fisioterapia na Internet

Referência em Fisioterapia na Internet

Buscador - Artigos

Publicidade

Banner
Banner
Banner
Banner
Câncer de Prostata Imprimir E-mail
Avaliação do Usuário: / 1
PiorMelhor 

 

A Próstata

A próstata faz parte do sistema reprodutivo masculino.
É uma glândula que está localizada no interior da pélvis, na base da bexiga, atrás do púbis e acima do reto. Tem o tamanho aproximado de uma noz e circunda os primeiros 2,5 centímetros do canal que transporta a urina para o meio externo, a uretra.

É o órgão responsável pela produção do fluido seminal que nutre os espermatozóides, produzidos nos testículos, e lubrifica a uretra, ajudando-os a sair, no momento da ejaculação. A função normal da próstata depende da testosterona, hormônio masculino produzido nos testículos a partir da puberdade.

A próstata é um órgão peculiar porque é o único no organismo que cresce com o envelhecimento e isso ocorre em todos os homens a partir dos 40 anos. Este processo chama-se hiperplasia benigna da próstata ou adenoma.

O que é câncer de próstata

O câncer de próstata é um dos cânceres mais freqüentes em homens acima de 50 anos. É curável, na maioria dos casos, quando detectado precocemente e responde muito bem aos tratamentos.

Como todos os outros tecidos e órgãos do corpo, a próstata é composta por células. Normalmente, estas células se dividem e se reproduzem de forma ordenada e controlada.

Quando ocorre uma disfunção celular que altera este processo de divisão e reprodução, é produzido um excesso de tecido, que dá origem ao tumor, que pode ser benigno ou maligno.

O tumor maligno, ou câncer, cresce, não só comprimindo, mas também invadindo e destruindo tecidos sadios à sua volta.Quando o câncer de próstata se espalha, pode afetar nódulos linfáticos, bexiga e, especialmente, os ossos da bacia e da coluna lombar. Chamamos isto de metástases do câncer de próstata.

Sinais e sintomas mais freqüentes

É comum não aparecerem sintomas nos estágios iniciais do câncer de próstata. No entanto, quando aparecem, podem ser:

  • jato fino e/ou fraco;

  • micção intermitente;

  • urgência para urinar;

  • sangue na urina;

  • necessidade de urinar com freqüência, especialmente à noite;

  • dificuldade para iniciar a micção e/ou para reter ("segurar") a urina

  • dores ou sensação de ardor nas vias urinárias;

  • dor ao ejacular;

  • dor contínua na parte inferior das costas, quadris ou parte superior das coxas.

Estes sintomas podem ser causados por câncer de próstata, distúrbios prostáticos benignos, como hiperplasia prostática ou infecções. Como já dissemos, a maioria dos homens acima de 50 anos sofre de hiperplasia prostática, que exerce pressão contra a uretra e bexiga, provocando bloqueio do fluxo urinário. Portanto, é importante que, na ocorrência de algum sintoma, o médico seja procurado para que possa avaliar e tratar o problema, podendo constatar ou não um câncer de próstata.

Como é feito o diagnóstico

O toque retal é o primeiro passo para o diagnóstico. Usando uma luva e introduzindo o dedo através do ânus, o médico, geralmente, urologista, é capaz de sentir a presença de uma protuberância endurecida ou um aumento da próstata. Assim, ele pode detectar o câncer bem antes de os sintomas ocorrerem.

Este exame deve fazer parte da rotina anual de todos os homens acima de 50 anos de idade (aqueles que têm 1 ou mais parentes em 1º grau que tiveram câncer de próstata devem começar aos 40).

Há um outro exame, que determina o nível do antígeno prostático específico (PSA) no sangue, que costuma elevar-se em homens com câncer de próstata e outras doenças prostáticas.

Os dois exames precisam ser feitos conjuntamente, pois um complementa o outro.

Feitos estes exames, caso o médico suspeite de qualquer irregularidade, poderá solicitar exames adicionais como radiografias, exames de sangue, além da ultrassonografia transretal, acompanhada de uma biópsia.

O único método seguro para confirmar o diagnóstico de câncer de prostáta é a biópsia. Para isto, uma amostra do tecido prostático é retirada, comumente por punção da próstata, através de uma agulha inserida diretamente na glândula.

Se a biópsia revelar a presença de câncer, outros testes serão necessários para avaliar a extensão da doença. Esta conduta, denominada estadiamento, permite ao médico fazer a melhor escolha de tratamento para cada caso:

Raio X do tórax
Para verificar como estão os pulmões.

Cintilografia óssea ou mapeamento ósseo
Injetando uma pequena quantidade de líquido de contraste no paciente, este exame detecta a presença de metástases ósseas. Esta substância se concentra nas áreas que apresentam uma formação óssea anormal.

Tal acúmulo pode ou não ser devido à presença de algum tumor, mas apenas o médico estará em condições da avaliar.

Testes de laboratório
Ajudam a definir a extensão do câncer de próstata. Um deles é o exame de sangue que mostra o nível de uma enzima, denominada fosfatase ácida prostática (FAP).

Ultra-som transretal, tomografia computadorizada e ressonância magnética
São exames que podem ser úteis para determinar a extensão da doença.

Os estadios do câncer de próstata podem ser:

  • Estadio 1
    Quando são encontradas células cancerosas microscópicas nas amostras de tecido retiradas durante uma cirurgia de hiperplasia benigna prostática ao quando os níveis de PSA estão elevados. Neste estadio precoce, o câncer de próstata não pode ser detectado pelo médico através de exame de toque retal.

  • Estadio 2
    O câncer está confinado na cápsula prostática e pode ser sentido pelo médico durante o exame de toque.

  • Estadio 3
    O câncer não está mais contido pela cápsula prostática, estando, também, presente em tecidos próximos à próstata.

  • Estadio 4
    O câncer espalhou-se para gânglios linfáticos regionais ou para estruturas mais afastadas.

    Outro elemento do tumor a ser analisado é o seu grau de malignidade. Este é avaliado por uma escala que varia de 2 e 10. Os tumores com classificação entre 2 e 4 são considerados favoráveis. Entre 5 e 7 são intermediários e os tumores com classificação entre 8 e 10 são os mais agressivos, que apresentam um prognóstico desfavorável.

Uma vez determinado o estádio e o grau de malignidade, o médico definirá o tratamento mais adequado ao caso em questão, levando em conta, ainda, vários outros aspectos.

Tratamentos

O tratamento escolhido para tratar o câncer de próstata depende do histórico médico do paciente, de sua idade, de seu estado geral de saúde e do estadiamento da doença.
O câncer de próstata geralmente tem cura, quando descoberto no início. No entanto, mesmo tendo se espalhado, responde bem aos tratamentos. Cirurgia, radioterapia e tratamento hormonal são geralmente usados no combate ao câncer de próstata e, algumas vezes, pode ser necessária a combinação de tratamentos.

  • Cirurgia - o tipo de cirurgia, quando recomendada, depende do tamanho e do estadio do tumor. As cirurgias radicais são feitas pelo períneo ou através de uma incisão no abdomem, abaixo do umbigo, retirando a glândula prostática e, às vezes, os gânglios linfáticos circunvizinhos.

  • Radioterapia - podem ser usadas para o tratamento do câncer de próstata tanto a radioterapia externa como a radioterapia interna (braquiterapia). Algumas vezes, ambas podem ser feitas, de forma combinada.

  • Hormonioterapia - os hormônios são produzidos normalmente pelo organismo e servem para controlar a atividade de certas células e de certos órgãos. Para o tratamento do câncer de próstata, pode-se utilizar hormônios ou anti-hormônios, com o objetivo de controlar, ou mesmo de cessar o crescimento das células cancerosas que dependem desses hormônios para se desenvolver.

Pode ainda ser necessária a remoção dos testículos para que o hormônio produzido por eles deixe de interferir no crescimento das células cancerosas.

A escolha pelo tipo de tratamento nem sempre depende do estadiamento da doença. Muitas vezes, um paciente não necessita de qualquer tratamento, além de exames freqüentes de controle. Outros, porém, com o mesmo estadiamento, podem necessitar de radioterapia ou de cirurgia para a remoção da próstata.

Os tratamentos podem ser utilizados tanto para curar o paciente, como para reduzir a extensão da doença. Após avaliar o seu caso específico, o médico fará a melhor indicação de tratamento.

Efeitos colaterais mais freqüentes

Os tratamentos contra o câncer de próstata, geralmente, provocam efeitos colaterais, pois é bastante difícil limitar a ação dos mesmos unicamente às células cancerosas. Os tecidos sadios adjacentes também podem ser atingidos, provocando efeitos colaterais, às vezes desagradáveis, mas que, com o passar do tempo, tendem a desaparecer.

O tratamento do câncer de próstata levanta muitas dúvidas sobre a capacidade do homem continuar mantendo uma vida sexual ativa. Para alguns, as mudanças, incluindo a impotência, podem ser temporárias; para outros, os problemas podem ser permanentes.

No pós-operatório de cirurgias com técnicas mais antigas, seqüelas como incontinência urinária e impotência eram a regra geral. Atualmente, nas cirurgias de remoção da próstata, onde o nervo erigente é preservado, estes problemas não ocorrem com a mesma freqüência.

A hormonioterapia também pode apresentar efeitos colaterais. Os hormônios femininos, como o estrógeno, por exemplo, podem causar aumento da mama, náuseas, vômitos e retenção de líquidos.

Outros efeitos indesejados da terapia hormonal são perda do desejo sexual e impotência.

Por estes motivos, os médicos são muito cautelosos ao receitar hormônios e, sempre que possível, utilizam a menor dosagem possível.

Durante a aplicação da radioterapia, os pacientes podem ter alguns efeitos colaterais, mas estes geralmente desaparecem após o término do tratamento.

Pode ocorrer alguma reação cutânea na área tratada, assim como diarréia e uma constante e desconfortável vontade de urinar. Após a radioterapia, pode haver impotência, em alguns casos.

É importante ressaltar que os distúrbios sexuais podem ser de ordem física como emocional e, muitas vezes, já existentes antes dos tratamentos.

O que você pode fazer para se cuidar

Cada organismo responde ao tratamento de forma individual. Por esta razão, o seu médico ajusta especialmente para você, o tipo de tratamento que irá receber. Ele poderá lhe dar instruções específicas sobre os possíveis efeitos colaterais que poderão surgir durante a terapia.

É necessário tomar certas precauções para proteger sua saúde geral e auxiliar na sua recuperação. A seguir, algumas diretrizes que poderão ser observadas por você durante o período de tratamento:

  • certifique-se de que seu médico está ciente de todos os remédios que você estava tomando antes de iniciar os tratamentos.
    o Nunca tome qualquer medicamento sem antes consultar seu médico;

  • avise seu médico ou enfermeira sobre qualquer sintoma, previsto ou não, que você esteja sentindo;

  • durante os tratamentos de hormonioterapia ou radioterapia você poderá sentir-se mais cansado do que de costume. Certifique-se de estar descansando o suficiente, pois seu organismo irá precisar de muita energia para recuperar-se.

Seguimento - O que significa e quem o orienta

Os cuidados com a sua saúde deverão prosseguir, mesmo quando o tratamento chegar ao fim. Os exames regulares (chek-up), os testes de laboratório e os exames de imagem serão necessários, não importa qual o tipo de câncer que você tenha tido.

Seu médico programará as consultas conforme a sua necessidade. Ele poderá, também, encaminhá-lo ao seu clínico ou ao seu cirurgião, de modo que você esteja sempre acompanhado por toda a equipe.

O seguimento, além de controlar os resultados dos tratamentos a que você foi submetido, pode incluir, também, algumas medidas adicionais, tais como reabilitação e aconselhamento. Os cuidados necessários para com o seu organismo devem ser seguidos à risca, pois também fazem parte do acompanhamento pós-terapia.

O médico que estará acompanhando o seu seguimento irá orientá-lo sobre a melhor época para tomar essas medidas e lhe indicará também os profissionais que julgar apropriados para darem continuidade ao seu processo de recuperação.

Como vimos, as necessidades individuais variam e seu médico irá prescrever e programar o tipo de seguimento que melhor se adapte ao seu caso.

Esclareça sempre as suas dúvidas. Não hesite em fazer perguntas sobre exames e/ou tratamentos que seu médico lhe indicar.

Após um tratamento contra câncer, você pode tornar-se mais familiarizado com o seu corpo e atento às reações do seu organismo, podendo notar até mesmo pequenas mudanças em seu estado geral.

Caso perceba o aparecimento de algum sintoma diferente, comunique imediatamente ao seu médico, pois esta informação poderá ser de grande utilidade para a manutenção de sua saúde.


Fontes:

American Cancer Society
M.D. Anderson Cancer Center
National Cancer Institute



 Obs.:
- Todo crédito e responsabilidade do conteúdo são de seus autores.
- Publicado em 17/11/03

- fonte: Instituto Day Care Center - http://www.daycare.com.br/

Artigos Relacionados:
Câncer de Rim (2068 Acessos)
Câncer de Pulmão (2165 Acessos)
Câncer de Tireóide (1992 Acessos)
Câncer de Testículo (1954 Acessos)
Câncer de Pênis (2214 Acessos)
Câncer de Pele (2121 Acessos)
Câncer de Pâncreas (2011 Acessos)
 
 
Joomla 1.5 Templates by Joomlashack