gototopgototop

Referência em Fisioterapia na Internet

Referência em Fisioterapia na Internet

Buscador - Artigos

Publicidade

Banner
Banner
Banner
Banner
O que é Câncer? Imprimir E-mail
Avaliação do Usuário: / 1
PiorMelhor 

 

Todo câncer é formado por células que, ao sofrerem modificações no seu material genético, passam a apresentar crescimento e multiplicação desordenado.
Estas células deixam de responder aos mecanismos de controle do organismo para criar os tumores.

O termo câncer foi empregado pela primeira vez na Grécia Antiga. Observando-se que algumas feridas pareciam penetrar profundamente na pele, comparou-se este comportamento ao de um caranguejo (karkinos em grego, câncer em latim) agarrado à superfície.

Temos hoje mais de duzentas doenças agrupadas sob o nome de câncer. Todas resultando do crescimento autônomo e desordenado de uma pequena parte do organismo. Entretanto, na prática médica, cada uma delas é abordada de forma diferenciada e tratada de acordo com seu órgão de origem e extensão no organismo.

Apesar de reconhecidas há tanto tempo, somente com a descoberta do microscópio que o estudo das doenças malignas pôde evoluir. A partir da identificação da célula como a unidade fundamental dos organismos evoluídos, foi possível compreender um pouco melhor o desenvolvimento das doenças malignas.

A célula

A célula é a menor porção do nosso organismo capaz de criar sua própria energia, crescer e se multiplicar. São estruturas que medem milésimos de milímetros, isto é mil vezes menores que uma bolinha de gude.

Todos os órgãos do corpo são formados por células, e cada uma delas apresenta características adequadas à função que desempenha. Por exemplo, as células musculares são alongadas, agrupam-se em feixas, e têm a capacidade de se encurtar. Estas particularidades permitem que o músculo se contraia quando estimulado, criando movimento.

Já as células da pele são achatadas e dispostas em diversas camadas. Produzem grande quantidade de proteínas que formam um revestimento impermeável, constituindo-se numa importante barreira à entrada de substâncias químicas ou invasão por agentes infecciosos.

De fato, em cada órgão do corpo, vamos encontrar células que se diferenciaram para o melhor desempenho de suas tarefas.

É somente através da multiplicação celular que o organismo pode crescer e reparar-se. Neste processo, uma célula origina duas outras exatamente iguais, que passam a ocupar o seu lugar. Orientadas pelas necessidades do organismo, células jovens estão constantemente se dividindo para substituir suas estruturas obsoletas e permitir seu crescimento.

No indivíduo adulto, esta multiplicação ocorre, exclusivamente, para substituição de células mortas e reparação de estruturas, sendo todo o processo rigorosamente controlado.

Apesar da multiplicidade de formas e localização dentro do corpo, todas as células de um organismo apresentam o mesmo material genético.

Material genético

No interior de cada célula, encontram-se dados suficientes para reproduzir toda a estrutura do organismo. As moléculas do Ácido Desoxiribonucleico (DNA), que formam os cromossomos, arquivam estas informações, estabelecendo a forma e a função de cada elemento do nosso corpo.

Cada pedaço de DNA com uma informação completa é chamada de gene, enquanto o conjunto de todo este material recebe o nome de genoma.

O crescimento, a multiplicação e a diferenciação de todas as células são determinados por estes comandos genéticos.
Podendo ser definido como uma verdadeira planta do organismo, que estabelece cada detalhe de uma arquitetura, o genoma é uma "herança eterna", recebida dos pais e transmitida aos filhos.

No momento da concepção, espermatozóide e óvulo se fundem, cada um deles contribuindo com a metade do material genético do futuro embrião.

Durante o crescimento do organismo, a cada divisão celular, o genoma é integralmente transmitido para todas as células filhas.

As moléculas de DNA, responsáveis pelo plano de formação e funcionamento de todas as células do nosso organismo, estão sujeitas a mutações.

Mutações

Fatores externos, como substâncias químicas, radiações e infecções virais podem interferir em sua estrutura, alterando a informações básica da célula.

Estas alterações, chamadas mutações, na maioria das vezes não trazem repercussões à forma ou função das células.

Entretanto, quando ocorrem em "genes chaves", responsáveis pelo controle do crescimento, multiplicação ou diferenciação das células, mesmo pequenas modificações podem determinar profundas transformações no seu comportamento.

Os incríveis avanços da Biologia Molecular permitiram compreender o câncer a partir das alterações no material genético de suas células.

Mutações em determinados genes alteram os comandos de divisão, diferenciação e morte celular, permitindo sua multiplicação desenfreada. Com seus mecanismos de controle da divisão inoperantes, a célula conquista plena autonomia, podendo crescer e se multiplicar independentemente das necessidades do organismo.

Através de sucessivas divisões, a célula, agora chamada de maligna, acaba formando um agrupamento de células praticamente idênticas que recebe o nome de tumor.

Diante desta perda de controle intrínseco da multiplicação celular, só resta ao organismo tentar identificar e destruir estas células anormais através do seu Sistema Imunológico. Se este sistema mostrar-se ineficaz, a doença passará a ter condições de evoluir.

As mutações vão se acumulando no genoma da célula, determinando novas alterações no seu comportamento.

As células malignas podem, por exemplo, adquirir a capacidade de disseminação, crescendo em áreas do corpo distantes de seu órgão de origem. Estes focos de crescimento a distância chamam-se metástases.

Isto é o câncer: um grupo de células, crescendo descontroladamente, capazes de invadir estruturas próximas e, ainda, espalhar-se para diversas regiões do organismo.

Não há, entretanto, possibilidade de transmissão entre pessoas, mesmo nos contatos mais íntimos. Qualquer célula maligna que penetrasse em outro corpo seria rapidamente destruída pelo Sistema Imonológico deste organismo.

fonte:
TENHO CÂNCER. E AGORA?
de:
Claudio Ferrari e
Vitoria Herzberg

 

Obs.:
- Todo crédito e responsabilidade do conteúdo são de seus autores.
- Publicado em 18/11/03

- fonte: Instituto Day Care Center - http://www.daycare.com.br/

Artigos Relacionados:
 
 
Joomla 1.5 Templates by Joomlashack