Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o acidente vascular cerebral é definido como um “sinal clínico de rápido desenvolvimento de perturbação focal da função cerebral de suposta origem vascular e com mais de 24 horas de duração”. STOKES (2000). De acordo com o Dicionário Médico, Acidente vascular cerebral (AVC) é uma manifestação muitas vezes súbita, de insuficiência vascular do cérebro de origem arterial: espasmo, isquemia, hemorragia e trombose.
LEWALLE (2003). Sullivan (1993) definiu AVC como um derrame resultante da falta ou restrição de irrigação sanguínea ao cérebro que pode provocar lesão celular e alterações nas funções neurológicas, apresentando como manifestações clínicas alterações das funções motoras, sensitivas, mental, perceptiva e da linguagem, esse quadro irá variar conforme o local e extensão da lesão.
1.1. Dados Epidemiológicos No Brasil desde meados do século passado o país vive períodos de mudanças sociais onde há um acelerado processo de envelhecimento e aumento de expectativa de vida demonstrando que a população idosa está crescente no país. Sullivan (1993) e Konig, et al. (2005) relatam a idade como o principal fator de risco não modificável para o AVC, subtende-se que por isso é explicado a incidência brasileira de AVC está aumentado cada vez mais, visto que nosso país a população idosa aumenta devido a diminuição da taxa de mortalidade e natalidade e ao aumento da expectativa de vida, isso ocorre devido a melhora das condições de Saúde Publica e Tratamento. ZIMERMAN, (2000). O Brasil apresenta uma população considerável de idosos, onde segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no censo de 2000 o Brasil contava com cerca de 15 milhões de idosos acima de 60 anos e esta estimativa irá para 32 milhões em 2025, o que levará o Brasil ao ranking da sexta maior população idosa do mundo. PAPALÉO NETO; BRITO (2001).
Essa população, além da idade, existe outro fator que acrescenta risco para o AVC, sabemos que o processo de envelhecimento leva a alterações fisiológicas e uma delas inclui a perda de elasticidade dos vasos sanguíneos aumentando a resistência vascular periférica, que por sua vez leva a hipertensão arterial. HARRIS (2002). No Brasil há cerca de 65% de idosos hipertensos e entre mulheres acima de 75 anos a incidência aumenta chegando a 80%. SERRO AZUL E DE PAULA (2002).
As doenças circulatórias correspondem a 32,3% da mortalidade constituindo a principal causa de morte no Brasil, sendo que um terço é devido as doenças cerebrovasculares. Essas doenças representam cerca de 8,2% das internações nos EUA e 19% dos gastos hospitalares, e cerca de 50% das internações por quadros neurológicos ocorrem devido a doenças cerebrovasculares. (GORZONI, et al., 2004). Segundo a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares (2001), os AVC’s isquêmicos representam cerca de 53% a 85% de todos os casos de AVC’s.
Segundo o I Consenso Brasileiro do Tratamento da Fase Aguda do Acidente Cerebral, Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares (2001), as doenças cerebrovasculares são a terceira causa de óbito em países desenvolvidos, sendo precedidos somente pelas doenças Cardiovasculares e pelo Câncer. No Brasil elas são a primeira causa de óbito.
Autor:
Silvia de Lima Filó
Bacharel em Fisioterapia com formação no método de Pilates. Cursos: RPG, Quiropraxia, KnesioTape, Avaliação Postural, Fisioterapia Oncológica, Dermatofuncional, Carboxiterapia Trabalho científico aceito pela USP no III Simpósio de Fisioterapia Neurofuncional 2011. Trabalho científico apresentado no CIRNE - Congresso Internacional de Reabilitação Neuromusculo esquelética. - Vitória - ES
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Publicado em 15/10/2014
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