Trabalho realizado por: - Laís Bittencourt de Moraes* Contato: laisbmoraes@terra.com.br
O coração funciona como uma bomba, que impulsiona o sangue levando oxigênio e nutrientes para todo o corpo por meio das artérias. Chamamos de pressão arterial a força exercida pelo coração para bombear o sangue. Ela pode ser determinada pela relação entre o volume de sangue que sai do coração e a resistência (tensão) que o sangue encontra nos vasos para a sua circulação. A hipertensão arterial, ou pressão alta, é verificada quando a pressão arterial ocorre acima dos valores considerados normais (140X90mmHg para pessoas com mais de 18 anos). Sua aferição deve ser realizada com a pessoa em repouso e confirmada três vezes seguidas, de quinze em quinze minutos, em várias consultas. A hipertensão arterial tem acometido parcelas cada vez maiores da população mundial. Em regra, essa doença ocorre com mais freqüência após os trinta e cinco anos de idade, mas, hodiernamente, tem sido diagnosticada inclusive em crianças. Por ser uma patologia crônica e silenciosa, a hipertensão arterial pode evoluir de forma assintomática por vários anos. Assim, em grande parte dos casos, seu diagnóstico é feito tardiamente, de modo que muitos hipertensos só descobrem a enfermidade depois de apresentarem complicações em vários órgãos e sistemas. Nem sempre é possível conhecer com exatidão a causa da hipertensão arterial. Porém, é sabido que diversos fatores podem contribuir decididamente para o seu surgimento, tais como idade avançada, etnia (a enfermidade é mais freqüente em pessoas negras), uso de drogas (em especial tabaco e álcool), estresse emocional, consumo exagerado de sal na alimentação, obesidade e sedentarismo. Os sintomas, assim como a sua intensidade e freqüência, dependerão da especificidade de cada caso. Normalmente, os pacientes queixam-se de dores de cabeça matinal, dores na região da nuca, tonturas, cansaço e sensação de desconforto no peito. O tratamento da hipertensão arterial deve ser realizado com muita seriedade, pois além de aliviar o sofrimento do paciente ele é fundamental para prevenir diversas complicações, como insuficiência renal, insuficiência cardíaca, acidentes vasculares cerebrais, retinopatia, aumento do tamanho do coração e até morte súbita. Para que o paciente tenha uma melhor qualidade de vida e evite danos à sua saúde, é muito importante que ele seja corretamente avaliado e orientado por uma equipe de profissionais da saúde, incluindo Fisioterapeutas, Médicos, Enfermeiros, Nutricionistas e Psicólogos. Os medicamentos, quando receitados, devem sempre ser administrados corretamente, respeitando-se os horários, as dosagens e demais recomendações médicas. Além disso, é necessário a assunção do compromisso do paciente de seguir hábitos de vida saudáveis, como manter o peso corporal controlado, diminuir a ingestão de sal, evitar bebidas alcoólicas, não fumar, controlar os índices de colesterol, praticar exercícios físicos adequados e adotar medidas de relaxamento para evitar o estresse do dia-a-dia, bem como, quando for o caso, o correto tratamento de patologias concomitantes, em especial diabetes.
* Fisioterapeuta – CREFITO 80247-F. - Pós-graduada em Fisioterapia Ortopédica, Traumatológica e Reumatológica (UNOESTE-SP). - Pós-graduada em Metodologia do Ensino Superior (UNIGRAN-MS). - Formada no método Pilates. - Cursando Acupuntura (ABA-Associação Brasileira de Acupuntura).
Obs.: - Todo crédito e responsabilidade do conteúdo é de seu autor. - Publicado em 02/04/07
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