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Fisioterapia como Estratégia de Promoção de Saúde em Idosos E-mail
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Trabalho realizado por:
Flávia Valéria Silva Sampaio

Contato: flaviavssampaio@hotmail.com

 

Acadêmica do 10º período de Fisioterapia da Universidade Estadual da Paraíba – UEPB.

 

O envelhecimento da população brasileira e mundial vem crescendo de forma muito rápida, apresentando um dos maiores desafios para a saúde pública. No Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2000), estima-se que até o ano de 2020 existam 32 milhões de idosos, o que corresponderá a aproximadamente 14% de sua população, devendo, por isso, haver, cada vez mais, interesse dos órgãos públicos, das políticas sociais e da sociedade em geral (PERRACINI; RAMOS, 2002).

O processo do envelhecimento pode ser devido, dentre outros fatores, ao aumento da expectativa de vida, à diminuição da taxa de fecundidade e à redução da mortalidade entre as pessoas mais idosas, estes fatores alteraram os indicadores demográficos do País.

A fim de proporcionar uma melhoria significativa da qualidade de vida da população idosa, e considerando toda a complexidade do envelhecimento, torna-se necessária a atuação de uma equipe interdisciplinar a fim de estabelecer ações que promovam saúde, previnam doenças e proporcionem bem-estar aos idosos.

Assim, o fisioterapeuta, como os demais membros da equipe de saúde, tem um papel importante no desenvolvimento dessas ações, apresentando aptidões e conhecimentos específicos para isto. A fisioterapia, buscando promover saúde, pode contribuir tanto na reabilitação quanto na conscientização da população idosa exercendo seu papel de agente promotor de saúde, colaborando com o envelhecimento saudável. Além disso, a fisioterapia preventiva possibilita maior flexibilidade do movimento do corpo, coordenação, concentração, melhoria na postura, relaxamento muscular, diminuição da tensão, além de trabalhar a auto-estima. Os principais objetivos da fisioterapia gerontológica são: preservar a função motora, promover o adiamento da instalação de incapacidades decorrentes do processo de envelhecimento, do tratamento das alterações e dos sintomas provenientes de doenças crônico-degenerativas e agudas, assim como, a reabilitação funcional dos idosos, de acordo com as suas possibilidades físicas e psicológicas.

A fisioterapia pode contribuir, ainda, através da prática de atividades físicas, visando: melhorar o equilíbrio, a marcha e a amplitude articular; fortalecer a musculatura proximal dos membros inferiores; promover alongamentos e aumento da flexibilidade muscular; minimizar as chances de novas quedas e aumentar a densidade óssea evitando fraturas (BARRIE, 2000).

Atividade física pode ser definida como todo e qualquer movimento do corpo resultante da contração muscular, onde o gasto energético é maior que o de repouso. Seus objetivos envolvem a manutenção ou a recuperação da saúde, além da promoção de uma maior sociabilização e lazer, fato de relevante importância para a qualidade de vida do idoso, além disso, a redução na incidência das doenças crônico-degenerativas pode ser devida à prática de atividades físicas leves e moderadas (PAPALÉO NETTO, 2007).

Acidentes na terceira idade são muito comuns devido às quedas e outras incapacidades que acometem essa população, estas geralmente acontecem por anormalidades do equilíbrio, fraqueza muscular, deficiências visuais, anormalidades do passo, doença cardiovascular, alteração cognitiva e consumo de alguns medicamentos.

Exercícios físicos praticados regularmente contribuem na prevenção das quedas através de diferentes mecanismos: fortalecimento dos músculos das pernas e costas, melhora dos reflexos, melhora da sinergia motora das reações posturais, otimização da velocidade na deambulação, incremento da flexibilidade, manutenção do peso corporal, melhora da mobilidade e diminuição do risco de doença cardiovascular (MATSUDO, 1999).

A partir desse trabalho, pode-se observar que os efeitos da diminuição natural do desempenho físico relacionados com o processo natural de envelhecimento podem ser atenuados quando são desenvolvidos programas de atividades físicas e recreativas visando, entre outros, a melhoria da sua capacidade motora, associado a isto, a prática regular da atividade física minimiza os efeitos da inatividade e ajuda o idoso a interagir com outras pessoas, contribuindo, assim, para a qualidade de vida dessa população (ALENCAR et al., 2007).

 

Referência Bibliográfica:

ALENCAR, D. B.; FERREIRA, F. H. C.; ARAUJO, T. B. P.; MEDEIROS, R. L.; A atividade física como indicador da qualidade de vida na terceira idade. In: Anais do I Congresso Internacional de Envelhecimento Humano [e] I Encontro Brasil/Espanha sobre envelhecimento ativo, 07 a 09 de junho de 2007- Campina Grande: EDUEPB, 2007. p. 65.

BARRIE, P. Fisioterapia Na Terceira Idade. 2. ed. São Paulo, Santos, 2000.

IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2000. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2000/populacao/pop_Censo 000.pdf. Acesso em: 08.07.2007.

MATSUDO, Victor; Vida ativa para o novo milênio. Revista Oxidologia, 1999; set/out: 18-24. Disponível em: http://www.portaldafisioterapia.com.br/site/modules. Acesso em: 29.08.2007.

PAPALÉO NETTO, Matheus; Tratado de Gerontologia. 2ª ed. São Paulo: Atheneu, 2007.

PERRACINI, Mônica Rodrigues; Prevenção e manejo de quedas no idoso. Disponível em: http://pequi.incubadora.fapesp.br/portal/quedas. Acesso em: 21.08.2007.

 

Obs:

- Todo crédito e responsabilidade do conteúdo é de seu autor.
- Publicado em 22/11/2010.

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