gototopgototop

Referência em Fisioterapia na Internet

Referência em Fisioterapia na Internet

Buscador - Artigos

Publicidade

Banner
Banner
Banner
Banner
Obtenção do Steady-State em Indivíduos Sedentários durante o Exercício na Bicicleta Estacionária Imprimir E-mail
Avaliação do Usuário: / 0
PiorMelhor 

Trabalho realizado por:
Marcio Generoso Freires

Universidade Salgado de Oliveira
e-mail: generoso1@ig.com.br


Objetivo:

Verificar se indivíduos sedentários conseguem atingir o Steady-State, durante exercício na bicicleta estacionária.

Métodos:

Foram avaliados 6 indivíduos (3 homens e 3 mulheres), sedentários.Monitorizados continuamente pré e per exercício durante um período de 30 minutos, foram avaliados Freqüência Cardíaca, Pressão Arterial Sistólica, Diastólica e escala de Borg.

Resultados:

Quatro indivíduos (67%) conseguiram alcançar o Steady-State. Durante o teste, os valores médios da FC, PAS, PAD e Borg respectivamente para o indivíduo 1 foi, 116, 136, 71 e 7, para o indivíduo 2 foi, 118, 127, 76 e 7, para o indivíduo 3 foi, 114, 127, 79 e 9, para o indivíduo 4 foi, 113, 129, 77 e 6, para o indivíduo 5 foi, 124, 127, 80 e 7, e para o indivíduo 6 foi, 126, 138, 79 e 8.


Conclusão:

A obtenção do Steady-State não necessariamente decorre de um bom condicionamento físico, este por sua vez, tem grande influência, porém em meu estudo quatro indivíduos sedentários dentre seis, conseguiram atingir o Steady-State.

Palavras-chave: Steady-State, exercício


Objective:

To verify if sedentary individuals they obtain to reach the Steady-State, during exercise in the stationary bicycle.

Methods:

6 individuals had been evaluated (3 men and 3 women), sedentary. Monitored continuously daily pay and to per exercise during a period of 30 minutes, had been evaluated Cardiac Frequency, Arterial Pressure Sistólica, Diastólica and scale of Borg.

Results:

Four individuals (67%) had obtained to reach the Steady State.Durante the test, the average values of the FC, PAS, PAD and Borg respectively for individual 1 was, 116, 136, 71 and 7, for individual 2 was, 118, 127, 76 and 7, for individual 3 was, 114, 127, 79 and 9, for individual 4 was, 113, 129, 77 and 6, for individual 5 was, 124, 127, 80 and 7, and for individual 6 it was, 126, 138, 79 and 8.

Conclusion:

The attainment of the Steady-State not necessarily elapses of a good physical conditioning, this in turn, has great influence, however in my study four sedentary individuals amongst six, had obtained to reach the Steady-State.

Key words: Steady State, exercise.


Introdução

Pode-se verificar o comportamento da freqüência cardíaca durante determinado exercício físico, cuja intensidade permanece constante. Astrand, ao estudar o comportamento da freqüência cardíaca durante o exercício físico de intensidade constante, concluiu que em geral, a freqüência cardíaca estabilizava-se e não variava, exceto se a intensidade do esforço diminuísse. A este "estado de equilíbrio" observado no sexto ao oitavo minutos denomina-se: Steady - State para um dado nível de esforço5.

A freqüência cardíaca aumenta linearmente com a intensidade do esforço físico e com o aumento do consumo de oxigênio (VO2). A intensidade do exercício físico é o principal determinante do aumento da freqüência cardíaca durante o exercício. A freqüência cardíaca tem grande importância em Fisiologia do exercício pois, a) é um parâmetro de fácil medida, pode ser medida antes, durante e após o exercício, b) é um parâmetro utilizado para classificar as intensidades dos esforços físicos, c) é o principal parâmetro utilizado para prescrever atividades físicas dentro de intensidades recomendadas pelo Colégio Norte-Americano de Ciência do Esporte, que aconselha intensidades de 60 a 85% da freqüência cardíaca máxima5.

O aumento da freqüência cardíaca e da pressão arterial sistólica que ocorre durante o exercício resulta num aumento de carga de trabalho imposta ao coração. A demanda metabólica aumentada imposta ao coração durante ao exercício pode ser estimada examinando-se o duplo produto. O duplo produto é calculado multiplicando-se a freqüência cardíaca pela pressão arterial sistólica: DP = FC x PAS.

A energia necessária para realizar um exercício prolongado (isto é >10 minutos ) é originária do metabolismo aeróbico. Geralmente pode ser mantido no estado estável da captação de oxigênio, VO2, durante o exercício submáximo de duração moderada3.

Durante o exercício, a quantidade de sangue bombeado pelo coração deve ser alterada de acordo com a demanda elevada de oxigênio do músculo esquelético. Como o nódo sinu atrial (AS) controla a freqüência cardíaca, as alterações desta envolvem fatores que a influenciam2,3. O fluxo sangüíneo muscular pode aumentar até um máximo de 25 vezes durante o exercício mais extenuante. Cerca da metade desse aumento de fluxo resulta da vasodilatação intramuscular, determinada pelos efeitos diretos do metabolismo muscular aumentado1.

Evidências incontestáveis de uma nova revisão mostram que os exercícios podem reduzir a pressão arterial virtualmente em todos os grupos de pessoas, independentemente de peso, raça ou nível da pressão arterial, no momento do início da atividade.

S.P. Whelton e cols., da Tulane University, New Orleans, Lousiana, EUA, examinaram 54 estudos que determinaram os efeitos do exercício sobre a pressão arterial em mais de 2.400 adultos. Eles verificaram que o exercício aeróbico regular diminuía a pressão arterial sistólica em média 3,8 mmHg e diastólica, 2,8 mmHg, em pessoas que previamente eram sedentárias4.



Materiais e Métodos

Foram estudados 6 indivíduos (3 homens e 3 mulheres), sem alguma patologia associada, alunos do curso de Fisioterapia da Universidade Salgado de Oliveira (RJ), analisando: freqüência cardíaca, pressão arterial sistólica e diastólica e escala de Borg. A freqüência cardíaca e pressão arterial foram determinadas pelo medidor de pressão Deluxe Wrist Blood Pressure Monitor MF 338.

A escala de Borg foi obtida nos dados subjetivos de fadiga dos indivíduos. Foi utilizada a bicicleta estacionária da marca Monark Cicloergometer.

Foram estudados 6 indivíduos (3 homens e 3 mulheres), sem alguma patologia associada, alunos do curso de Fisioterapia da Universidade Salgado de Oliveira (RJ), analisando: freqüência cardíaca, pressão arterial sistólica e diastólica Blood.

A escala de Borg foi obtida nos dados subjetivos de fadiga dos indivíduos. Foi utilizada a bicicleta estacionária da marca Monark Cicloergometer


Protocolo de Avaliação

Foi determinada aos indivíduos, a manutenção das rotações por minuto em torno de 50 - 60 rpm com a primeira carga de0,5 Kp. Dependendo da resposta da FC do indivíduo, foram geradas as 2ª, 3ª e 4ª cargas de trabalho. Quadro 1 . Cada item avaliado foi anotado e concluído em uma tabela (tabela 1). Foi seguido o protocolo acima para avaliação de acordo com a YMCA, onde esta determina a duração dos estágios em 3 minutos cada.

O treinamento foi baseado no período no qual é alcançado o estado de equilíbrio, ou seja, de 6 a 8 minutos com uma carga constante, esses dados da mesma forma foram anotados em uma segunda tabela (tabela 2).


Quadro 1

FC < 80 FC 80-89 FC 90-100 FC > 100
1ª Carga 0.5 0.5 0.5 0.5
2ª Carga 2.5 2.0 1.5 1.0
3ª Carga 3.0 2.5 2.0 1.5
4ª Carga 3.5 3.0 2.5 2.0
Valores de carga em Kp


Tratamento/ Treinamento

Foi estabelecido 3 minutos de aquecimento (tempo necessário para iniciar o sistema aeróbico) e após o exercício mais 3 minutos para desaquecimento. Seguindo os dados do quadro 1, foi possível estabelecer a intensidade do exercício para cada indivíduo, com o tempo de 8 minutos cada estágio. Utilizamos 3 estágios, totalizando 24 minutos.

As razões para interromper o teste variam de acordo com os indivíduos em estudo, portanto foram seguidos os critérios de interrupção de teste de esforço físico da Guidelines for Exercise Testing and Prescription da ACSM.


Resultados

Os resultados obtidos surpreenderam as expectativas, onde quatro indivíduos (67%) conseguiram alcançar o Steady State.Durante o teste, os valores médios da FC, PAS, PAD e Borg respectivamente para o indivíduo 1 foi, 116, 136, 71 e 7, para o indivíduo 2 foi, 118, 127, 76 e 7, para o indivíduo 3 foi, 114, 127, 79 e 9, para o indivíduo 4 foi, 113, 129, 77 e 6, para o indivíduo 5 foi, 124, 127, 80 e 7, e para o indivíduo 6 foi, 126, 138, 79 e 8.Os valores obtidos da freqüência cardíaca nos seis indivíduos estão representados nos gráficos 5 a 10.Os indivíduos 1, 2, 3 e 4 conseguiram atingir o Steady-State estabelecendo relativamente a freqüência cardíaca nos três estágios do exercício (Gráficos 5, 6, 7 e 8).Os indivíduos 5 e 6 não conseguiram atingir o Steady-State, demonstrando uma aumento contínuo da freqüência cardíaca em todos três estágios do exercício (Gráficos 9 e 10).Os valores médios da Freqüência Cardíaca, Pressão Arterial Sistólica, Pressão Arterial Diastólica e Escala de Borg durante o exercício, estão na tabela 1.


Conclusão


O treinamento aeróbico ou cardiorrespiratório propicia a melhora da capacidade da circulação central no fornecimento de oxigênio, assim como, o melhor aproveitamento do oxigênio pelos músculos ativados durante a execução do exercício, permitido ao indivíduo o desenvolvimento da capacidade de sustentar por um período longo de tempo, uma atividade física em condições de equilíbrio fisiológico (homeostase), ou seja, em "steady state"3,5.

A obtenção do Steady-State não necessariamente decorre de um bom condicionamento físico, este por sua vez, tem grande influência, porém em meu estudo quatro indivíduos sedentários dentre seis, conseguiram atingir o Steady-State.


Gráfico 1 Gráfico 2
Gráfico 3 Gráfico 4
Gráfico 5 Gráfico 6
Gráfico 7 Gráfico 8
Gráfico 9 Gráfico 10



Tabela 1. Médias dos valores da FC, PAS PAD e escala de Borg dos indivíduos durante o exercício.

FC PAS PAD Borg
Indivíduo 1 110,75 141,2 71,83 7,41
Indivíduo 2 111,66 120,75 78,96 8,16
Indivíduo 3 107,04 121,12 77,83 8,5
Indivíduo 4 108,79 125,41 85,41 6,91
Indivíduo 5 133,79 123,5 83,12 8,75
Indivíduo 6 121,62 133,5 73,29 9,7


Referências Bibliográficas


1 – Ann Intern Méd 2002; 136 (7): 493-503

2 - FOX, E.L., BOWERS, R.W. & MERLE, L.F. Bases Fisiológicas da Educação Física e dos Desportos. 4°ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1992

3 – Guyton, Arthur C. Fisiologia Humana, 6ª ed, Rio de janeiro, Guanabara Koogan, 1988.

4 - Mcardle, WD et al.Fisiologia do exercício, energia, nutrição e desempenho humano.3ª ed, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1992

5 – Powers e Howley, Fisiologia do exercício,teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho, 1ª ed, São Paulo, Manole, 2000


Obs.:
- Todo crédito e responsabilidade do conteúdo é de seu autor.
- Publicado em 23/08/04
Artigos Relacionados:
 
 
Joomla 1.5 Templates by Joomlashack