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Alterações do Envelhecimento relacionados a Quedas em Idosos Imprimir E-mail
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Changes of Aging related Falls in the Elderly



Trabalho realizado por:

Bruna Ferreira da Silva.

* Acadêmica do 8° período de Fisioterapia do Centro Universitário São Camilo – ES.
Contato: bruninha.f.s@hotmail.com

Orietador:

Dinêi Gazoni de Souza Júnior.

* Professor da disciplina Fisioterapia em Gerontologia e Geriatria do Centro Universitário São Camilo – ES. Especialista em Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa ENSP/FIOCRUZ. Mestrando em Ensino e Ciências da Saúde UNIPLI/NITEROI-RJ.

Resumo

Introdução: O processo de envelhecimento compreende alterações fisiológicas, que contribuem para o aumento da fragilidade dos idosos, aumentando a probabilidade do evento queda nos mesmos. Objetivo: descrever as alterações fisiológicas do envelhecimento que favorecem a ocorrência de queda, destacando as alterações dos sistemas visual, vestibular e proprioceptivo. Materiais e métodos: foi realizada uma revisão literária qualitativa, nas fontes de pesquisas eletrônicas, scielo, bireme, e google acadêmico; Artigos científicos e monografias disponíveis no acervo da biblioteca do Centro Universitário São Camilo – Espírito Santo, com levantamento bibliográfico compreendido no período de 2001 a 2009. Discussão: O envelhecimento fisiológico compreende uma série de alterações nas funções orgânicas e mentais. As informações dos sistemas visual, vestibular e proprioceptivo, são fatores importantes destacados na literatura para promover o controle postural, que devido às alterações fisiológicas da senescência pode ficar diminuído, contribuindo para a ocorrência de quedas na população idosa. O processo de envelhecimento saudável pode ser conseguido pela população idosa através de uma intervenção do profissional que trabalha com a geriatria e gerontologia, preservando a função, com adiamento da instalação de incapacidades, através de medidas preventivas e curativas, propiciando uma melhor qualidade de vida à população idosa. Conclusão: As alterações fisiológicas do envelhecimento é inerente a todos os seres vivos, e na maioria das vezes gera incapacidade e dependência no idoso pelos altos índices de quedas relacionados ao processo de envelhecimento. Assim, é necessário que se faça uma intervenção preventiva e curativa das alterações, melhorando a qualidade de vida dos idosos, com a vivência do envelhecimento bem-sucedido.

Palavras-chave:
idosos, quedas, fisiologia e envelhecimento.

Abstract

Introduction: The aging process includes physiological changes that contribute to the increased fragility of the elderly, increasing the likelihood of falls in them. Objective: To describe the physiological changes of aging that favor the occurrence of fall, emphasizing the changes of the visual, vestibular and proprioceptive. Materials and methods: this was a literature review qualitative research on the sources of Electronic, Scielo, BIREME, and google scholar, scientific articles and monographs available in the library collection of the Centro Universitário São Camilo, with literature within the period from 2001 to 2009. Discussion: The physiological aging comprises a series of changes in mental and bodily functions. The information systems of visual, somatosensory and vestibular systems are important factors highlighted in the literature to promote postural control, given the physiological changes of senescence may be reduced, contributing to the occurrence of falls in the elderly. The process of aging can be achieved by the elderly through an intervention professional working with geriatrics and gerontology, preserving function, and postpone the installation of disability through preventive and curative measures, providing a better quality of life for elderly. Conclusion: The physiological changes of aging is inherent in all living beings, and most often causes incapacity and dependency in the elderly by high rates of falls related to the aging process. Thus, it is necessary to make an intervention preventive and curative amendments, improving the quality of life of older people, with the experience of successful aging.

Key Words: elderly, falls, physiology and aging.

 

Introdução

O envelhecimento populacional no Brasil está ocorrendo de modo acelerado. As projeções demográficas indicam que em 2020 o número de idosos em todo o mundo será de 1,2 bilhão. A expectativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística são de que a população com mais de 60 anos de idade seja aproximadamente 11% da população geral até o ano de 2020. Essas mesmas projeções apontam que em 2025, o Brasil terá a 6° maior população de idosos do mundo, com 15% da população atingindo a faixa de 60 anos ou mais. (GAZZOLA e GANANÇA et al, 2005; SIQUEIRA et al, 2007). No Brasil, o Estatuto do Idoso, instituído pela Lei 10.741/2003, considera idosa toda pessoa com idade igual ou superior a 60 anos (BRASIL, 2004).

Envelhecer é uma experiência única para cada indivíduo, sendo diversificada entre pessoas de um mesmo grupo social e heterogênea tanto entre indivíduos como em diferentes grupos sociais, sendo assim, o processo de envelhecimento, em função de sua múltipla determinação, implica diversidade, individualidade e variabilidade entre os indivíduos. (BASSIT, 2004, citado por GAMBURGO et al 2009).

Entende-se por envelhecimento as alterações fisiológicas que ocorrem ao longo do tempo em organismos multicelulares. A genética explica o envelhecimento através da mitose celular, relata que nesse processo de divisão as seqüências de DNA se encurtam fazendo com que haja a perca progressiva da capacidade de renovação (PAPALÉO NETO, 2002). Os principais problemas que ocorrem durante o período de envelhecimento são os danos no sistema nervoso central, que comprometem a memória tornando-a mais fraca com o passar do tempo, e problemas psicológicos.

Carvalho et al (2004) relata que o envelhecimento é um conjunto de processos, inerente a todos os seres vivos e que se expressa pela perda da capacidade de adaptação e pela diminuição da funcionalidade. Este processo de acordo com Mazo et al (2007) é dinâmico e progressivo, no qual ocorrem alterações morfológicas, funcionais e bioquímicas, com diminuição na capacidade de adaptação homeostática às situações de sobrecarga funcional, causando alteração progressiva no organismo. Para Souza et al (2007) o envelhecimento é influenciado por múltiplos fatores conferindo a cada um que envelhece características particulares. Lima et al (2008) considera o envelhecimento como um processo que, no plano individual, engloba múltiplas trajetórias de vida e, no plano coletivo, se constrói sob diferentes influências de ordem sociocultural.

O envelhecimento é um processo multidimensional, caracterizado pelo declínio da performance motora e diminuição do movimento, o que gera a fraqueza muscular que é vista como um grande contribuinte para o declínio da funcionalidade do idoso. Tal envelhecimento traz perda de equilíbrio e alterações na massa muscular e óssea, aumentando as quedas. O processo de envelhecimento vem acompanhado por problemas de saúde físicos e mentais provocados, freqüentemente, por doenças crônicas e quedas. Levando-se em consideração o aumento do envelhecimento populacional há um aumento significativo na prevalência de doenças crônico-degenerativas. Alguns estudos populacionais têm demonstrado que no Brasil, a grande maioria dos idosos (85%) apresenta pelo menos uma enfermidade crônica e, cerca de 15%, pelo menos cinco doenças concomitantes. (BALTES & BALTES, 1990, citado por CUPERTINO et al, 2007; GAZZOLA e GANANÇA et al, 2005; MENEZES E BACHION, 2008; RIBEIRO et al, 2008; SIQUEIRA, 2007).

As alterações do equilíbrio na população idosa são problemas relativamente comuns e levam a importantes limitações na realização das atividades da vida diária e são a principal causa de queda nestes indivíduos. (MACIEL E GUERRA, 2005).

Os idosos mais susceptíveis a quedas são aqueles que apresentam alguma enfermidade, especialmente as que levam as alterações da mobilidade, equilíbrio e controle postural, sendo a ocorrência de quedas diretamente proporcional ao grau de incapacidade funcional (GUIMARÃES et al, 2004).

Queda é um evento acidental que tem como resultado a mudança de posição do indivíduo para um nível mais baixo, em relação a sua posição inicial, com incapacidade de correção em tempo hábil e apoio no solo, trata-se de um episódio recorrente e multifatorial. (LOPES et al, 2009; RIBEIRO, 2008).

Os idosos com baixa autoconfiança em realizar atividades do dia-a-dia, pelo medo de cair, tendem a ter um comprometimento progressivo em sua capacidade funcional que parece ter um papel preponderante na interação multicausal de quedas. (PERRACINI e RAMOS, 2002).

Considerando o envelhecimento, a queda pode representar um problema que compromete a capacidade funcional do idoso, tornando-o dependente de assistência, limitando assim, sua autonomia. O evento queda faz parte da síndrome geriátrica instabilidade postural e quedas, e representa a principal causa de incapacidade entre os idosos. (FABRÍCIO e RODRIGUES, 2006; MOREIRA et al, 2007). Com tais alterações decorrentes do envelhecimento e da queda, o idoso apresenta ansiedade e depressão, o que o torna ainda mais frágil. Em pesquisa Carvalho e Coutinho relataram que o medo de voltar a cair foi referido por 88,5% dos 26 idosos que afirmaram haver tido alguma conseqüência. Dentre essas, se destacaram o abandono de certas atividades (26,9%), a modificação de hábitos (23,1%) e a imobilização (19%). (CARVALHO e COUTINHO, 2002; RIBEITO et al, 2008).

O comportamento de dependência, nas situações de quedas, foi relatada por 65% dos idosos, no sentido de pedir ajuda para se levantarem e para ajudá-los a ter acesso aos serviços de saúde. Isso faz com que o idoso experimente sentimentos negativos, alterações na memória e concentração, baixa auto-estima e alterações na imagem corporal e aparência. (RIBEIRO et al, 2008; SILVA et al, 2007).

Devido ao aumento da população idosa, e consequentemente ao aumento das quedas a ciência busca explicar as alterações fisiológicas que contribuem para a alteração do equilíbrio, propiciando a ocorrência do evento queda. Segundo Barbosa (2001) “... a involução motora decorrente do processo de envelhecimento, bem como as disfunções e doenças são vistas como causa da dificuldade ou incapacidade de manter o equilíbrio”. Perracini et al (2002) relata que “cerca de 30% dos idosos em países ocidentais sofrem queda ao menos uma vez ao ano; aproximadamente metade sofrem duas ou mais quedas”.

A manutenção do equilíbrio postural é um resultado de um complexo mecanismo, que exige a captação de informações sensoriais em diferentes estruturas, o processamento das informações e a resposta motora coordenada de maneira a permitir o controle do corpo no espaço. Para tanto, torna-se fundamental o funcionamento dos sistemas vestibular, visual e proprioceptivo.
O objetivo do presente estudo é verificar as principais alterações fisiológicas da senilidade que propiciam a ocorrência das quedas, destacando as alterações do sistema visual, vestibular e proprioceptivo.

Materiais e Métodos

Este estudo consiste em uma pesquisa de revisão literária, do tipo levantamento bibliográfico, com abordagem qualitativa, onde visa contribuir e explicitar uma pesquisa teórica sobre as alterações do envelhecimento relacionando-as a ocorrência de quedas. No que se refere aos objetivos à pesquisa será descritiva. Como fontes de pesquisa utilizou-se publicações por meio das palavras-chave: envelhecimento, quedas e fisiologia nas fontes Scielo, bireme e google acadêmico; Artigos científicos e monografias disponíveis no acervo da biblioteca do Centro Universitário São Camilo – Espírito Santo. A base da pesquisa de levantamento bibliográfico será compreendida no período de 2001 a 2009. Como critério de seleção, foi adotada a abordagem específica da problemática em questão, com publicação entre 2001 a 2008. Critérios de exclusão são referentes a artigos científicos coletados antes do ano 2001.

Discussão


O envelhecimento é definido como um processo multidimensional, dinâmico e progressivo no qual ocorrem modificações morfológicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas.

O envelhecimento fisiológico compreende uma série de alterações nas funções orgânicas e mentais devido exclusivamente aos efeitos da idade avançada sobre o organismo, fazendo com que o mesmo perca a capacidade de manter o equilíbrio homeostático, e que todas as funções fisiológicas gradualmente comecem a declinar, determinando a progressiva perda das capacidades de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, ocasionando maior vulnerabilidade e maior incidência de processos patológicos, estes por sua vez, levam a disfunções em vários órgãos e funções no idoso, como os distúrbios da postura e do equilíbrio. Os distúrbios do equilíbrio em idosos têm como principal complicação a queda. Esta por sua vez, está fortemente associada ao declínio da função física, que acompanha o processo de envelhecimento. (CUPERTINO et al, 2007; GANANÇA et al, 2006; MACIEL e GUERRA, 2005; NETTO, 2004; PEREIRA et al, 2004).

Muitos estudiosos têm sugerido que o aumento do número de quedas em idosos estaria relacionado às alterações ocorridas no sistema de controle postural. O controle postural é um arranjo dos segmentos corporais baseado em informações sensoriais de diferentes fontes, que devido às alterações fisiológicas da senescência pode ficar diminuído, contribuindo para o surgimento de quedas. (ALFIERI e MORAES, 2008; JUNIOR e BARELA, 2006).

As informações dos sistemas visual, vestibular e proprioceptivo, além de fatores biomecânicos e produção adequada de forças musculares, são fatores importantes destacados na literatura para promover o controle postural. O envelhecimento compromete a habilidade do sistema nervoso central em realizar o processamento dos sinais visuais, vestibulares e proprioceptivos responsáveis pela manutenção do equilíbrio corporal, diminuindo a capacidade de modificações dos reflexos adaptativos nos idosos. As informações advindas dos receptores sensoriais no aparelho vestibular interagem com as informações visuais e proprioceptivas para produzirem o alinhamento corporal e controle postural adequados. O sistema visual é responsável por mediar parte do aprendizado motor de um indivíduo, e esse aprendizado é decorrente da integração entre as informações vestibulares, propriocep¬tivas e visuais ao caracterizar o meio externo para que tare¬fas cotidianas sejam realizadas de forma eficaz e com pouco esforço. Assim, o adequado funcionamento desses sistemas gera uma adequada manutenção do controle postural; na senescência tais sistemas são prejudicados por alterações fisiológicas próprias da idade, gerando diminuição do controle postural e consequentemente maior instabilidade e dependência ao idoso. (ALFIERI e MORAES, 2008; MACIEL e GUERRA, 2005; LUIZ et al, 2009; RUWER et al, 2005).

Os sistemas visual, vestibular e proprioceptivo estão envolvidos no envio de informações para o sistema de controle postural ou de equilíbrio. A visão é o sistema mais importante de informações sensoriais e pode compensar pela ausência ou não-confiabilidade dos outros estímulos sensoriais. Os componentes do sistema visual considerados críticos para o equilíbrio incluem a acuidade estática e dinâmica, a sensibilidade ao contraste, a percepção de profundidade e a visão periférica. No sistema visual, o comprometimento pode ocorrer de forma cumulativa e progressiva por meio de danos metabólicos e ambientais, caracterizando a relação de estreita intimidade entre a visão e a senescência. (LUIZ et al, 2009; PERRACINI, 2002).

O sistema vestibular baseia-se em estímulos provenientes do aparato vestibular, e funciona em concomitância com os dois outros para a manutenção postural. Consiste em três partes: um componente sensorial, um processador central e um componente de controle motor. O sensorial, localizado no ouvido interno, compõem-se dos canais semicirculares e dos órgãos otolíticos, eles detectam os movimentos de velocidade angular e aceleração linear e sua orientação no espaço. O componente sensorial liga-se ao processador central através do oitavo par de nervos craniano. O núcleo vestibular está localizado na ponte e cerebelo recebe e integra esses sinais e, após combiná-los com as informações visuais e proprioceptivas, envia a informação ao componente motor. Em resposta, iniciam-se dois importantes reflexos utilizados para regular o controle postural, o reflexo vestíbulo-ocular e o vestíbulo-espinhal. Na senescência, o sistema vestibular apresenta perda rápida das células ciliares dos canais semicirculares, bem como das células ganglionares vestibulares e fibras nervosas. (JUNIOR e BARELA, 2006; PERRACINI, 2002). A disfunção vestibular tem particular importância na população idosa, devido ao fato de que o aumento da idade é diretamente proporcional à presença de múltiplos sintomas otoneurológicos associados, tais como vertigem e outras tonturas, zumbido, perda auditiva, distúrbios da marcha e alterações do equilíbrio corporal que em idosos têm como principal complicação a queda. (GANANÇA et al, 2006; GAZZOLA et al, 2005).

O sistema proprioceptivo baseia-se em informações de diversos sensores espalhados por todo corpo para fornecer um conjunto de informações, tais sensores emergem dos receptores tendinosos e musculares, mecanoceptores articulares e baroceptores plantares, e também fornecem informação sensorial importante para o controle postural. Os proprioceptores suprem o corpo com informações sobre o ambiente imediato, permitindo ao organismo se orientar. Em relação à sensiblidade cutânea, ocorre diminuição na sensibilidade ao toque, discriminação de dois pontos e sensibilidade vibratória de baixa e alta freqüência, particularmente nos membros inferiores. Quando as informações proprioceptivas encontram-se reduzidas ou ausentes por algum fator desencadeante, o sistema visual se torna mais crítico na manutenção do equilíbrio. (JUNIOR e BARELA, 2006; PERRACINI, 2002).

As informações sensoriais fornecidas pelos sistemas visual, vestibular e somatossensorial são algo redundantes no controle de equilíbrio. Outro componente fisiológico é o processamento central. Chandler (2002) realiza uma abordagem acerca dos mecanismos do controle do equilíbrio em idosos e informa que as latências de respostas se mostram retardadas em 20 a 30ms em idosos normais. Em idosos com uma história de quedas inexplicadas estes tempos de latências estão mais aumentados. Em uma comparação, as respostas posturais, também chamadas de reflexos de alça longa ocorrem em latências de aproximadamente 100 a 120ms bos adultos jovens normais.

O declínio biológico normal no processo de envelhecimento e o aparecimento progressivo de doenças e dificuldades funcionais, com o avançar da idade sustentam, de modo geral, uma concepção de velhice como período de decadência e improdutividade. Porém, o declínio biológico pode ser retardado quando o idoso entra em um processo chamado de reabilitação gerontológica. Este trabalho também pode ser realizado pela Fisioterapia, que possui uma abordagem na função, adiamento da instalação de incapacidades, através de medidas preventivas tendo ainda como objetivo diminuir o comprometimento imposto por incapacidades, promovendo um modo de vida mais saudável e adaptando o indivíduo de forma a propiciar uma melhor qualidade de vida. A Fisioterapia caracteriza-se por uma abordagem por meios físicos e que tem proporcionado melhora em estudos no que diz respeito ao equilíbrio e controle postural. (GUIMARÃES et, 2004; PEREIRA et al, 2004). Esta abordagem possui um diferencial, uma vez que não são produzidos efeitos colaterais pela utilização de substâncias químicas.

Considerações Finais

O processo de envelhecimento é inerente a todos os seres vivos, traz consigo alterações fisiológicas que contribuem para maior instabilidade postural, e consequentemente alteração do equilíbrio, este por sua vez depende da integridade dos sistemas visual, vestibular e proprioceptivo. Ocorre um declínio das funções orgânicas e mentais, sendo as informações visuais, vestibulares e proprioceptivas destacadas por causarem alterações no controle postural, que devido às alterações fisiológicas da senescência pode ficar diminuído, contribuindo para o surgimento de quedas.

O processo de envelhecimento e o aparecimento progressivo de doenças e dificuldades funcionais com o avançar da idade sustentam, uma concepção de velhice como período de decadência e improdutividade, porém, mesmo com todas as alterações fisiológicas o processo de envelhecimento pode ser bem-sucedido, ativo e produtivo, retardando assim, a instalação de incapacidades e melhor condicionamento músculo-esquelético.

O conceito de envelhecimento saudável ou ativo é admitido para a promoção da saúde, prevenção de agravos e reabilitação, realizados pelos profissionais que trabalham com geriatria e gerontologia. A utilização de outras abordagens como a Fisioterapia podem contribuir para promover uma abordagem multiprofissional das quedas no idoso, uma vez que a interdisciplinaridade tem sido algo enfatizado nas últimas décadas. A incorporação de outros profissionais na abordagem de aspectos relacionados ao idoso também amplia o leque de opções com medidas que vão além da utilização de substâncias medicamentosas e/ou abordagens invasivas, contribuindo para a redução dos altos índices de quedas, provenientes de alterações do sistema visual, vestibular e proprioceptivo e reabilitação de possíveis agravos, melhorando assim, a qualidade de vida dos idosos.

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Obs:

- Todo crédito e responsabilidade é de sua autora.

- Publicado em 24/07/2011.



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