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A bexiga

Situada no baixo abdome, a bexiga é um órgão muscular oco, cuja função é coletar e armazenar a urina, produzida nos rins.

Sua parede é composta por três camadas: a externa (tecido conjuntivo), a mucosa e a membrana interna, formada por células epiteliais de transição, chamada de urotélio.

Câncer de bexiga

Há várias formas de câncer de bexiga, que podem manifestar-se de diferentes maneiras. São bem mais freqüentes em homens do que em mulheres e sua incidência aumenta com a idade, geralmente após os 60 anos, sendo raro antes dos 40.

Os tumores de bexiga que não ultrapassam o urotélio, são considerados superficiais e, quase sempre, podem ser completamente removidos cirurgicamente.

Os tumores que infiltram a camada muscular da bexiga são classificados como invasivos e requerem cirurgias mais complexas, geralmente com remoção parcial ou total (cistectomia) da bexiga.

Há um tipo de tumor de bexiga conhecido como papilífero, que se desenvolve a partir de pequenas papilas, semelhantes a cogumelos. Em alguns casos, elas se espalham, invadindo a parede muscular da bexiga.

Quando as células malignas atingem gânglios linfáticos vizinhos ao órgão, o tumor é classificado como nodular.

Fatores de risco

Ainda não se sabe exatamente quais as causas do câncer de bexiga. Entretanto, estudos apontam para o fumo como o principal fator de risco.

Sinais e Sintomas mais freqüentes

 

  • sangue na urina;

  • dor ou sensação de pressão na barriga;

  • perda de peso repentina;

  • freqüentes irritações vesicais (ex: cistite).

Estes sintomas são comuns a diversas patologias, que não o câncer.
É importante que sejam investigados e tratados adequadamente.

Como é feito o diagnóstico

Por meio de um exame de urina pode-se detectar hematúria (sangue na urina), bem como a presença de células anormais.
Nesse caso, o médico solicitará um exame citoscópico, que consiste na introdução, via uretra, de um tubo fino e flexível de fibra ótica, com um telescópio na extremidade, que permite uma visão ampliada da parede da bexiga.

Para submeter-se à citoscopia, o paciente é previamente anestesiado. Uma amostra de tecido costuma ser retirada durante esse procedimento (biópsia), para posterior exame anátomo patológico,
que fornecerá o diagnóstico preciso.

Para saber a extensão do tumor e planejar o tratamento adequado, alguns exames serão necessários, tais como raios-X, testes laboratoriais, ultra-som, tomografias etc.

Tratamentos

Quando o tumor está restrito à parede da bexiga, sem invasão de tecido muscular, pode ser removido com o cistoscópio.

Em seguida, pode-se infundir a bexiga com uma solução capaz de estimular o sistema imunológico, diminuindo, assim, as chances de recorrência do tumor (imunoterapia).

A aplicação de drogas quimioterápicas diretamente na bexiga também pode ser feita, com o mesmo objetivo.

Quando o tumor invadiu o tecido muscular, a remoção cirúrgica da bexiga (cistectomia) é o procedimento mais indicado. Em casos específicos, quimioterapia e radioterapia podem ser aplicadas após a cirurgia.

Em alguns casos de cistectomia, uma parte do intestino é adaptada para a reconstrução da uma nova bexiga. Nem sempre este procedimento é possível; quando não é, o trânsito urinário é desviado por um orifício feito no abdome (estoma), durante a cirurgia, por onde a urina será expelida e coletada em uma bolsa externa (urostomia).

Quando o tumor já se espalhou por outros órgãos do corpo, formando metástases nos pulmões, gânglios, ossos e fígado, não há alternativa cirúrgica, sendo a quimioterapia o tratamento mais indicado. As substâncias químicas são distribuídas pelo sangue para todo o corpo, a fim de destruir as células tumorais.

A radioterapia pode ser indicada antes da cirurgia, para reduzir o tamanho do tumor, ou como tratamento pós cirúrgico, para atacar células malignas que possam ter escapado à cirurgia.


Fontes:

American Cancer Society
CancerBACUP U.K.
INCA - Instituto Nacional do Câncer
M.D. Anderson Cancer Center


Obs.:
- Todo crédito e responsabilidade do conteúdo são de seus autores.
- Publicado em 17/11/03

- fonte: Instituto Day Care Center - http://www.daycare.com.br/

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