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Câncer de Pulmão - Lung Cancer E-mail
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RESUMO


O câncer do pulmão, que era uma doença rara no início do século 20, atualmente é um problema de saúde pública global, uma verdadeira epidemia. É o mais freqüente tipo de câncer em todo o mundo e sua incidência continua aumentando (em torno de 0,5% ao ano), tendo sido observado principalmente entre as mulheres. As manifestações clínicas vão depender do tumor ser de localização central (endobrônquico) ou periférica (distal a brônquios maiores, e juntos à pleura ou à parede torácica). A evolução é lenta e os sintomas aparecem tardiamente dando a falsa impressão de evolução rápida. Há forte relação com o tabagismo e em menor intensidade com o asbesto, o níquel, o arsênico, a poeira radioativa, entre outros. A fisioterapia pode ser fundamental no tratamento do paciente com diagnóstico de câncer ao oferecer acompanhamento às diversas alterações que podem ocorrer, mesmo diante de muitos comprometimentos que se apresentam.

Palavras chave: Câncer de Pulmão; Fisioterapia; epidemia


ABSTRACT

The lung cancer, that was a rare disease in the beginning of the 20 century, now is a global public health problem, a true epidemic. It is the most frequent cancer type all over the world incidence continues increasing (around 0.5% a year), having been observed mainly among the women. The clinical manifestations will depend on the tumor being of central location (endobronchus) or outlying (distal the bronchus larger, and together to the pleura or the thoracic wall). The evolution is slow and the symptoms appear later giving the false impression of fast evolution. There is fort relationship with the smoking and in smaller intensity with the asbestos, the nickel, the arsenic, the fall-out, among others. The physiotherapy can be fundamental in the patient's treatment with cancer diagnosis when offering attendance to the several alterations that can happen, even before many compromising’s that come.

Keywords: Lung cancer; Physiotherapy; epidemic.



INTRODUÇÃO


O câncer do pulmão origina-se nas células do revestimento epitelial de superfície ou glandular que, em resposta aos estímulos carcinogênicos, começam a proliferar de modo anormal e invasivo.

A evolução é lenta e os sintomas aparecem tardiamente dando a falsa impressão de evolução rápida. Há forte relação com o tabagismo e em menor intensidade com o asbesto, o níquel, o arsênico, a poeira radioativa.

Os principais tipos histológicos de câncer de pulmão são: carcinoma de células escamosas, adenocarcinoma, carcinoma indiferenciado de grandes células e carcinoma indiferenciado de pequenas células (oat cells ).

Hoje, duas situações predominam no tratamento do câncer: de um lado, a cura completa, sem seqüelas físicas e/ou funcionais, de outro, o que se observa é a necessidade de um tratamento mais agressivo que pode deixar limitações significativas.

Neste segundo caso, o principal objetivo é proporcionar uma boa qualidade de vida para estes pacientes, sendo cada vez mais necessário o envolvimento ativo de uma equipe multidisciplinar.

Por multidisciplinar entende-se uma equipe composta por médicos, dentistas, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais e nutricionistas. Esses profissionais devem trabalhar de modo integrado e cumprir objetivos que norteiem a assistência, ou seja, a avaliação das situações, o alívio da dor e do sofrimento, a eliminação dos padrões anormais dos comportamentos, a melhora das atividades e a educação dos cuidadores.



O CÂNCER DO PULMÃO

Os pulmões são a parte mais importante do sistema respiratório. São órgãos de cor vermelho-acinzentada e de consistência esponjosa. Eles ocupam a maior parte da cavidade torácica e são separados pelo mediastino (área central do tórax), que abriga o coração, traquéia, esôfago e gânglios linfáticos. (ZAMBONI, 2003)

O pulmão direito é dividido em três partes, chamadas lobos e é um pouco maior do que o pulmão esquerdo, que é dividido em dois lobos. (figura I) A função os pulmões é fazer a troca do dióxido de carbono por oxigênio. O ar entra no organismo pelo nariz e boca, segue pela garganta, laringe e chega aos pulmões pelos brônquios, que se dividem em vários pequenos canais chamados bronquíolos que terminam em pequenos sacos denominados alvéolos. (ZAMBONI, 2003)

pulmao

Figura I – Pulmão humano
Fonte: Ministério da Saúde – Instituto Nacional de Câncer - <<disponível em http//www.inca.gov.br>>





Como todos os outros tecidos e órgãos do corpo, o pulmão é composto por células. Normalmente, estas células se dividem e se reproduzem de forma ordenada e controlada.

Quando ocorre uma disfunção celular que altera esse processo de divisão e reprodução, é produzido excesso de tecido que dá origem ao tumor, que pode ser benigno ou maligno.

O tumor maligno é câncer e seu crescimento não só comprime, mas também invade e destrói tecidos sadios à sua volta. Além disso, as células tumorais podem desprender-se do tumor de origem e espalhar-se através da corrente sangüínea ou dos vasos linfáticos, para outras partes do corpo, dando origem a novos tumores (metástases). Apesar de outros órgãos terem sido afetados, as células cancerosas desses novos tumores têm as mesmas características das células do câncer de pulmão. Esses novos tumores são chamados de metástases do câncer de pulmão. O tratamento das metástases leva em conta a localização e o tipo de câncer que as originou, além de outros fatores que serão considerados pelo médico. (DELGADO, 1997)

O câncer de pulmão, geralmente, é classificado pela sua aparência histológica (forma que apresenta, vista através do microscópio) em dois tipos: câncer de pulmão de células pequenas e câncer de pulmão de células não pequenas. Os dois tipos podem crescer e se espalhar de forma diferente e, portanto, são tratados de maneiras diferentes.

As células pequenas de câncer pulmonar crescem rapidamente e costumam migrar para órgãos distantes do pulmão, mesmo quando os gânglios linfáticos peitorais ainda não estão afetados. As células não pequenas de câncer pulmonar crescem relativamente devagar e se infiltram nos nódulos linfáticos peitorais antes de se alastrarem para locais mais distantes do corpo.

O tabaco é apontado como o principal causador de câncer de pulmão, que incide em homens e mulheres, geralmente, a partir dos 45 anos de idade. Dependendo do tipo de tumor de pulmão, mais de 96% dos pacientes são fumantes e, provavelmente, os outros 4% passaram muito tempo expostos à fumaça produzida por fumantes (fumantes passivos).(BRASIL, 2004)

Além do tabaco, há outros fatores que podem ser considerados de risco, como as doenças pulmonares (pessoas que contraíram doenças como a tuberculose, por exemplo, têm maiores chances de desenvolver câncer de pulmão), poluição (diversas pesquisas apontam para uma relação direta entre a exposição ao ar poluído e a incidência de câncer de pulmão, entretanto, tais pesquisas ainda não são conclusivas), contaminação por radônio (gás radioativo produzido pelo solo, encontrado em escavações de grandes profundidades. Este gás costuma ser inalado, em quantidade, por pessoas que trabalham em minas), asbestos (fibras encontradas em determinados minerais, largamente utilizadas na indústria pesada, fragmentam-se em partículas que flutuam no ar e contaminam o ambiente).(BRASIL, 2004)

Os sintomas mais comuns do câncer de pulmão é a tosse, que ocorre quando o tumor bloqueia a passagem de ar. Outro sintoma freqüente é dor persistente de tórax, acompanhada ou não de tosse. Podem ocorrer, ainda, falta de ar, sangue no catarro, rouquidão e inchaço do rosto e pescoço. Como todos os tipos de câncer, o do pulmão pode provocar cansaço, perda de apetite e de peso. É importante lembrar que esses sintomas podem ser provocados por inúmeras doenças, portanto, o médico deverá ser procurado para que possa avaliar o problema, constatando ou não a existência de um tumor. (FERREIRA, 1996)

O Diagnóstico é dado a partir do RX de tórax ( PA e perfil ), citologia do escarro, biópsia, tomografia computadorizada, arteriografia pulmonar, marcadores tumorais e endoscopia traqueobrônquica. Dos exames citados a endoscopia traqueobrônquica sempre é solicitada, por ser extremamente importante, quer nos tumores centrais, quer nos periféricos. (PIMENTA, et.al, 1997)


A FISIOTERAPIA NOS CASOS DE CÂNCER DE PULMÃO

Hoje, duas situações predominam no tratamento do câncer: de um lado, a cura completa, sem seqüelas físicas e/ou funcionais, de outro, o que se observa é a necessidade de um tratamento mais agressivo que pode deixar limitações significativas. Neste segundo caso, o principal objetivo é proporcionar uma boa qualidade de vida para estes pacientes, sendo cada vez mais necessário o envolvimento ativo de uma equipe multidisciplinar.

Diferentemente da medicina, a intervenção da fisioterapia na área de Oncologia não pode ser medida pelo índice de sobrevivência ou pelo desaparecimento dos sintomas, mas sim pelo grau de independência funcional alcançada pelo paciente (ou seja, o quanto você consegue fazer coisas sozinho), ou seja, proporcionar alívio da dor e reduzir a necessidade de medicamento como analgésicos.

A combinação de métodos farmacológicos com não-farmacológicos para controle da dor proporciona efeito analgésico melhor do que o uso isolado do medicamento ou de meios físicos. O tipo de dor que estes pacientes apresentam, na grande maioria das vezes, é classificada de dor crônica. A dor por afecção do sistema locomotor (mais comumente chamada de Lombalgia) pode durar semanas e é a causa mais comum de incapacidades.

Os resultados positivos da fisioterapia em pacientes oncológicos se dão com relação à recuperação físico-funcional. Eles advêm da aplicação sistematizada de recursos terapêuticos diversos com o foco sempre voltado para o controle dos sintomas imediatos referidos pelo paciente, a maximização das habilidades funcionais remanescentes e a importância da orientação dos familiares e acompanhantes.

Os recursos terapêuticos são:

* Termoterapia: pode ser realizada com adição ou subtração de temperatura, com adição de calor, como a hidroterapia, e/ou crioterapia como subtração de temperatura através do gelo;

* Eletroterapia: consiste em aplicação de corrente elétrica com fins terapêuticos;

* Acupuntura: é um método terapêutico amplamente utilizado para promover a estimulação mecânica de estruturas dérmicas, subdérmicas e musculares;

* Massagem: é um excelente método de tratamento para pacientes com edema, estase linfática e dor miofascial.



CONCLUSÃO


Devido aos tratamentos, o paciente pode apresentar seqüelas como: diminuição ou ausência da movimentação em alguma parte do corpo, dor, enfraquecimento muscular, diminuição da capacidade respiratória e/ou encurtamentos musculares.

Diferentemente da medicina, a intervenção da fisioterapia na área de Oncologia não pode ser medida pelo índice de sobrevivência ou pelo desaparecimento dos sintomas, mas sim pelo grau de independência funcional alcançada pelo paciente (ou seja, o quanto consegue-se fazer coisas sozinho). A fisioterapia em pacientes e ex-pacientes com câncer tem como objetivo melhorar ou manter sua condição física, estando ou não em tratamento quimioterápico e/ou radioterápico.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



________AMERICAN CANCER SOCIETY. FUNDAÇÃO ONOCENTRO DE SÃO PAULO (Tradução e Adaptação). Manual de enfermagem oncológica. São Paulo: FOSP, 1996.

________BRASIL. Ministério da Saúde – Instituto Nacional de Câncer - <<disponível em http//www.inca.gov.br. <<acesso em 25/10/2004>>

DELGADO, Gilson L. Dor de origem oncológica: tratamento não invasivo. São Paulo: Asta Médica, 1997.

FERREIRA, Noeli Marchioro Liston Andrade. O câncer e o doente oncológico segundo a visão de enfermeiros. Revista Brasileira de Cancerologia, Rio de Janeiro, 42(3), 161-170,1996.

GULLER, Daniel H. A avaliação da dor no paciente oncológico. Atualidades em cancerologia. n. 6, p. 28-30, fev. 1995.

NETTINA, Sandra M. Prática de enfermagem. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.

PIMENTA, Cibele Andrucioli de Mattos; KOIZUMI, Maria Sumie; TEIXEIRA, Manoel Jacobsen. Dor no doente com câncer: características e controle. Revista Brasileira de Cancerologia, Rio de Janeiro, 43(1), 21-44, 1997.

ROSENTHAL, Susan.; CARIGNAN, Joanne R.; SMITH, Brian D. Oncologia prática: cuidados com o paciente. 2. ed. Rio de Janeiro: Revinter.

SILVA, Rosilda Veríssimo; FORKERT, Elsie C. O. ... et al. Grupo de assistência em dor aguda do Hospital Sírio Libanês. Nursing: Revista Técnica de Enfermagem. v. 2, n. 8, p. 20-24, jan. 1999.

SMELTZER, Suzanne C.; BARE, Brenda G. Tratado de enfermagem médico - cirúrgica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1993.

ZAMBONI, Mauro. Câncer do Pulmão. PneumoAtual. Publicação: Ago-2000. Revisão: Jan-2003. disponível em http//www.pneumoatual.com.br <<acesso 25/10/2004>>

 

 

Obs.:
- Todo crédito e responsabilidade do conteúdo são de seus autores.
- Publicado em 14/11/04

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