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Qualidade de Vida em Pacientes Portadores de Lombalgia Crônica E-mail
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Quality of life in patients with chronic low back pain

 

Trabalho realizado por:

Denize de Araújo Machado.

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao curso de graduação em Fisioterapia da Universidade Paulista – UNIP, como requisito para a obtenção do grau de Bacharel em Fisioterapia. UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP - Goiânia - 2014.

Contato: denize_hidro@hotmail.com

 

Orientadores:

Xisto Sena Passos.

Professor Doutor Medicina Tropical, professor titular do curso de Fisioterapia, Campus Flamboyant, Goiânia – GO.

Prof. Esp . Dayanna F. de Souza Marin.

Professora Especialista em Fisioterapia Traumato-ortopedia e em Docência Universitária, professora auxiliar do curso de Fisioterapia da Universidade Paulista, Campus Flamboyant, Goiânia-GO.

 

Resumo

A lombalgia crônica é um processo doloroso na coluna lombar de origens variadas sua etiologia é multifatorial destacando-se causas biomecânicas, individuais e fatores ocupacionais, sendo considerado um problema de saúde pública que afeta de 70 a 85% da população, com isso se torna umas das primeiras causas no pagamento de auxilio doença e aposentadoria por invalidez. Está sendo uma das doenças musculoesqueléticas mais comuns que afeta a população, atingindo a região lombar causando alterações nos tecidos moles e ósseos. Essas alterações atingem a parte do bem-estar social, mental, material e emocional tendo desde limitações de movimentos até invalidez com isso acaba prejudicando a qualidade de vida destes pacientes. Pacientes com lombalgia crônica não realiza alguns movimentos por medo de aumentar a dor e isso faz com que esses pacientes têm uma piora da qualidade de vida.

Descritores: Lombalgia crônica, dor lombar, qualidade de vida.

Abstract

Chronic low back pain is a painful process origins of the lumbar spine varied etiology is multifactorial highlighting biomechanical causes, individual and occupational factors is considered a problem public health affecting 70 to 85% of the population it becomes a causes the first payment assistance of illness and retirement disability. Being one of the diseases most common musculoskeletal affecting the population reaching the lower back causing changes in soft tissue and bone. These changes hit the parto the welfare social, mental, material and emotional having since limitations in movements disability until it ends up hurting the quality of life of patients. Patients with chronic low back pain does not perform some movements for fear of increasing pain and this makes these patients have a poorer quality of life.

Descriptors: Chronic low back pain, low back pain, quality of life.


Introdução

A lombalgia tem etiologia multifatorial e podem atingir ambos os sexos. Sua incidência na população ativa é alta com isso, pode se tornar incapacitante, definitivamente ou temporariamente para executar as atividades profissionais. Isso faz com que a lombalgia se torne um problema de saúde pública, por interferir nas relações culturais, econômicas, profissionais e sociais.

As dores lombares são mais comuns em países industrializados e atingem níveis epidêmicos na população geral, onde sua prevalência estimasse em torno de 70%. Em algum momento da vida 70 a 85% da população já sentiu dor na região lombar, cerca de 10 milhões de brasileiros ficam incapacitado devido à dessa morbidade. Com isso a lombalgia deve ser tratada como um problema de saúde pública, já que atingi a população ativa e faz com que essas pessoas ficam incapacitadas a exercer suas funções.

A lombalgia crônica tem como causas fatores sócios demográficos, atividades ocupacionais e comportamentais atingindo milhares de pessoas se tornando responsável por limitações das atividades funcionais e comprometimento da qualidade de vida.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) coloca a qualidade de vida como a percepção do indivíduo de sua posição na vida, na cultura e nos valores nos quais vive e em relação às suas expectativas, padrões, objetivos e preocupações.

O objetivo deste estudo foi analisar a qualidade de vida em pacientes portadores de lombalgia crônica.


Revisão de Literatura

Tratou-se de uma pesquisa bibliográfica, de natureza narrativa. A busca bibliográfica foi desenvolvida na base de dados eletrônica Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), na Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Bireme e no buscador Google. Os artigos científicos pesquisados datam do ano de 2009 a 2013. Como critério de busca, utilizou-se descritores tais como, lombalgia, lombalgia crônica, qualidade de vida, dentre outras.

A coluna vertebral é considerada como o eixo central do corpo humano. Para que o eixo funcione corretamente é preciso equilíbrio das peças que o constituiu. Mas como a coluna está frequentemente submetida a mudanças posturais e ao suporte de diferentes cargas, o desalinhamento das peças que a constitui, fazendo com que aumente as dores.

A região lombar deve ser forte e rígida para acomodação de cargas decorrentes do peso corporal, das forças aplicadas e da ação muscular, para conseguir manter as relações anatômicas intervertebrais e para proteger os elementos neurais; só que ao mesmo tempo ela tem que ser flexível para permitir a mobilidade articular. Para conseguir desempenhar as duas funções são por conta dos mecanismos que garantem a manutenção do alinhamento vertebral(6). A lombalgia é uma das mais comuns manifestações apresentadas pelo ser humano, pois ela é um conjunto de aparições dolorosas que ocorre na região lombar, lombo-sacral ou sacroilíca.

Existem estudos que mostram a dor lombar como tendo etiologia multifatorial, envolvendo fatores ocupacionais, biomecânicos e individuais. Podendo ocorrer com desarmonia do sistema musculoesquelético, uma vez que exposto a condições inadequadas que afetam de modo direto a postura corporal, após períodos prolongados na posição sentada.

A lombalgia é uma das causas mais frequentes, perdendo apenas para o resfriado, fazendo com que ela se torne um problema comum e seus custos de maneira direta ou indireta acaba se excedendo os de qualquer outra doença. Caracterizada por uma síndrome incapacitante, que depois da primeira aparição da dor aguda e continua até o terceiro mês faz com que a pessoa fica incapaz, seu início é impreciso e pode ter períodos de melhora e piora.


Incidência

As dores lombares já atingiram grandes índices epidêmicos na população em geral, em países industrializados essas dores chegam por volta de 70%. Em alguma época da vida essas populações sofreram de dores na coluna chegando a ser de 70 a 85%, com isso aproximadamente 10 milhões de brasileiros ficaram incapacitados por causa desta morbidade.


Principais sintomas

O principal sintoma da lombalgia é a dor, seguida da diminuição da amplitude de movimento e espasmo musculares protetores isto faz com que aconteçam alterações posturais e diminuição da força muscular e isso pode levar a limitações ou incapacidades funcionais atrapalhando nas atividades de vida diária, além de restrição na participação do indivíduo na sociedade e redução dos padrões da qualidade de vida.


Causas

Os fatores causais da lombalgia são por motivos individuais, posturais e ocupacionais. As causas ocupacionais são a sobrecarga de levantamento de peso excessivo, deslocar-se com objetos pesados, ficar numa única posição por longos períodos de tempo. Causas individuais obesidade, postura incorreta, ganho de peso excessivo, altura, déficit de força de alguns músculos abdominais e espinhas e sedentarismo. E podem ocorrer alguns sinais vegetativos como irritabilidade, distúrbios do sono e alterações de apetite.

As principais causas que podem observa-se algumas alterações: traumáticas (hérnias de discos e fraturas); tumorais (metastáticas, mieloma múltiplo); mecânico-posturais (posturas viciosas, obesidade, gravidez); metabólicos (osteoporose); degenerativas (discartrose e artrose das articulações interapofisárias posteriores, ossificação ligamentar idiopática); inflamatórias (espondilite, anquilosante, espondiloartropatias soro negativa, artrite psooriatica, artrite reativa, artrite reumatóide juvenil); infecciosas (bacterianas, micóticas) e ainda podemos citar as afecções de estruturas nas proximidades da coluna vertebral que se manifestam como dor lombar.


Classificação

Para classificar os tipos de dor lombar vai depender da duração destas dores. As lombalgias agudas são relacionadas a comprometimento de ligamentos, músculos ou lesões dos discos intervertebrais geralmente é caracterizada pela presença de dor com duração inferior a seis semanas e seu inicio é súbito. A lombalgia subaguda sua duração é geralmente em torno de seis a doze semanas. A lombalgia crônica ocorre em cerca de 8% dos casos, ultrapassa 12 semanas, compromete a produtividade e a dificuldade de resolver o quadro é mais difícil.


Qualidade de vida em pacientes portadores de lombalgia crônica

Qualidade de vida segundo estudos da Organização Mundial da Saúde, é compreendida como a percepção do indivíduo sobre a vida, a cultura, sistemas e valores, ou, expectativas padrões e preocupações relativas a seus objetivos.

As características funcionais e mentais são somadas juntas e apresentadas como qualidade de vida. Isto é a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores vividos em relação aos seus objetivos, preocupações e expectativas. O conceito de qualidade de vida é subjetivo, multidimensional e inclui elementos de avaliação tanto negativos quanto positivos. A qualidade de vida tem sido considerada um fator preditivo de morbidade e mortalidade na população.

Na postura sentada o suporte do peso corporal, recai sobre as tuberosidades isquiáticas e tecidos moles, o tronco é mantido ereto sobre as atividades físicas, isso faz com que a diminuição da flexibilidade miofascial. O desconforto lombar ocorre através da carência de mobilidade articular e a fadiga dos músculos extensores espinhais que são fatores que compromete o alinhamento e a estabilidade da coluna. O encurtamento dos músculos isquiotibiais e iliopsoas participa também na sintomatologia dolorosa por aumentar a lordose lombar e ampliar a carga nos discos e na coluna intervertebrais, essas mudanças na postura fazem com que a população tenha uma diminuição da qualidade de vida.

Pacientes portadores de lombalgia crônica evitam fazer alguns movimentos por medo de aumentar a dor. Com isso faça com que ele tenha algumas consequências negativas para sua saúde, como desuso, inabilidade e depressão que limitam as atividades de vida diária. De acordo os princípios da fisiologia dos exercícios, o desuso leva a diminuição da aptidão física, que engloba força, resistência muscular, flexibilidade articular, tempo de reação, condicionamento cardiorrespiratório e composição corporal. Com isso os portadores de dor lombar não sofrem apenas por desconforto físico, mas também pela limitação funcional isso tudo causa incapacidade e prejuízo na qualidade de vida.

As doenças da coluna no Brasil são as primeiras causas de pagamento do auxílio-doença e a terceira causa de aposentadoria por invalidez. Existem outras consequências que atingi o desempenho da função social como: deterioração da saúde, diminuição do condicionamento físico, diminuição da participação em atividades sociais, estresse familiar, diminuição do contato com a comunidade, irritação, ansiedade e depressão essas são as consequências que ocorre na vida de portadores de lombalgia crônica estão ligadas diretamente com a qualidade de vida.

Algumas consequências como a dor, desconforto, energia, fadiga, sono foram afetado pela idade e pela dor que causa a incapacidade e limitações funcionais afetando também os domínios físicos, psicológicos, sociais e ambientais apontando desta forma implicações para a qualidade de vida. A percepção dolorosa e a qualidade de vida são influenciadas ao psiquismo humano, aos fatores culturais e experienciais. O significado pode também mudar em relação a cultura de um determinado grupo social ou raça, as causas da dor lombar, pode estar relacionada aos hábitos que influenciam a vida de quem convivem com ela, e a uma relação entre a qualidade de vida, doença e a psique.

A dor lombar crônica é a maior causa de incapacidade e menor qualidade de vida, principalmente em pacientes com comorbidades mentais e somáticas do sexo feminino e com grandes níveis elevados de dor crônica. Os profissionais de saúde devem observar sinais de depressão e ansiedade para uma melhor gestão da dor em pacientes com lombalgia crônica, principalmente na presença de comorbidades somáticas. Com isso leva a uma importante redução da incapacidade e melhora a qualidade de vida, com uma expectativa de um adequado manejo dessas pessoas.

A diminuição da qualidade de vida na dor lombar crônica ocorre devido ao sofrimento, tratamentos sem sucesso, dependência de medicamento, isolamento social, dificuldades no trabalho e alterações emocionais. Com isso ela pode limitar as atividades laborais e de lazer e reduz a capacidade funcional.


Discussão

Com base em Ocarino, Gonçalves, Vaz, Cabral, Porto, a lombalgia se desencadeia devido acometimentos degenerativos ou traumáticos no disco vertebral ou no corpo vertebral, por conta da sobrecarga no trabalho, movimentação excessiva, fatores psicológicos, inatividade física, flexibilidade, força reduzidas, fumo e obesidade. Segundo alguns dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 80% dos adultos sofreu pelos menos uma crise aguda de dor na região lombar, mais 90% destas pessoas sofrerão mais de um episódio de dor lombar.

Em conformidade com Carvalho, Gregório, Engel, pacientes portadores de lombalgia crônica sofrem pelo desconforto físico, incapacidade, limitação funcional e qualidade de vida. Com isso é importante avaliar o nível de incapacidade para caracterizar a causa da doença e o tratamento correto.

Conforme Stefane, Santos, Marinovic, Hortense, a incapacidade e a qualidade de vida existem uma relação negativa forte com o domínio físico e correlação negativa moderada com o domínio psicológico. Analises de estudos mostram que a incapacidade em conjunto com as variáveis de controle explica 65% da qualidade de vida em seus domínios físicos. A incapacidade é responsável por 61% dessa relação, com isso apresenta um baixo fator de interação nas variáveis de controle, a qual a idade é a que mais influência nessa relação. O domínio físico da qualidade de vida mostra ser o que mais relaciona com o nível de incapacidade em relações aos demais. Os domínios da qualidade de vida apresentam pequenas evidencia de associação com a incapacidade.

De acordo com Zavarize e Wechsler, existem fortes e positivas relações entre o fator ousadia, domínios psicológicos e sócios, apontando implicações para a qualidade de vida destes pacientes. O individualismo tem fortes relações negativas com os domínios psicológico, social, ambiental e geral. O fator intuição tem relação positiva com o domínio físico e ambiental. E os fatores de prudência e tradicionalismo não têm relação com os domínios de qualidade de vida.

Na análise de Ferreira e Navega, pacientes portadores de lombalgia cônica tem tendências ao isolamento, diminuição da capacidade funcional, abstinência no trabalho e possível perda social e profissional e também diminuição de virilidade. Com isso os trabalhos realizados em grupos estes pacientes tiveram grandes dificuldades em aceitar suas limitações físicas e apresentaram: diminuição no poder, da autoridade, autonomia e tendência em criação de estereótipos de incapacidade, atingindo diretamente a qualidade de vida.

Segundo Stefane, Santos, Marinovic e Hortense para avaliar a qualidade de vida deve-se usar o questionário de WHOQOL-100 considerado pela a Organização Mundial de Saúde valido. Trata-se de um questionário de 26 questões que abrange os domínios físicos, psicológicos, materiais e sociais tendo valor de zero a 100, sendo quanto maior for o valor para cada domínio melhor a qualidade de vida.


Conclusões

Neste presente estudo foi permitido mostrar que pacientes portadores de lombalgia crônica, tem comprometimentos na sua funcionalidade atingindo também as partes anatômicas e fisiológicas, até as atividades de vida diária e que quem não teve dor lombar ainda pode ter, atingindo a maioria da população. Suas causas podem ser especificas e não especificas deixando os pacientes com medo e fazendo com que eles não realizam alguns movimentos por medo de sentir dor. A dor lombar atinge diretamente a qualidade de vida destes pacientes, causando diversos graus de incapacidade.

Conclui-se que a lombalgia crônica envolve a parte social, emocional, material e físico com isso a qualidade de vida destes pacientes ficam comprometida.

 

Referências

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Obs:

- Todo direito e responsabilidade do conteúdo são de seus autores.

- Publicado em 27/11/2014.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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