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Câncer de Laringe Imprimir E-mail
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A laringe

Poucos sabem da importância de um pequeno tubo de cartilagem, com cerca de 5 cm de comprimento, que fica conectado à traquéia, exercendo várias funções.

A laringe dá passagem ao ar, que vai para a traquéia e segue para os pulmões. Por outro lado, impede que os alimentos façam o mesmo caminho, fechando a epiglote e obrigando-os a descer pelo esôfago para chegar ao estômago.

Quando o assunto é voz, fala-se em cordas vocais, que, na verdade são duas pregas vocais, situadas na laringe. São elas que vibram, com a passagem do ar, para emitir o som da fala.

Câncer de laringe

Entre os tumores de cabeça e pescoço, o câncer de laringe é um dos mais freqüentes, ocupando o 7º lugar entre os que mais incidem na população brasileira. Detectado precocemente, tem grandes chances de cura. Suas causas exatas ainda não são totalmente conhecidas, mas sabe-se que, além de fatores hereditários, o fumo é responsável por 90% das ocorrências. O abuso de bebidas alcoólicas também está relacionado ao câncer de laringe e, associado ao fumo, aumenta o risco ainda mais.

O sintoma mais comum é rouquidão, sem causa aparente, que persiste por mais de duas semanas. Disfagia (dificuldade para engolir) e dispnéia (dificuldade para respirar) também podem ser sinais de câncer de laringe.

Tratamentos

Em casos bem iniciais de câncer de laringe, há quem opte pelo tratamento radioterápico, com a finalidade de preservar a voz do paciente. Segundo Paulo Pontes, professor titular de otorrinolaringologia da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, a radioterapia, empregada para esse fim pode trazer conseqüências indesejáveis imediatas, como lesões da mucosa e destruição da cartilagem, e efeitos tardios imprevisíveis, como fibrose das pregas vocais, que acabam comprometendo a produção vocal do paciente.

O tratamento cirúrgico chama-se laringectomia (retirada da laringe) que pode ser parcial, o que costuma implicar em alterações na produção vocal e/ou em dificuldades na deglutição, ou laringectomia total, com a perda completa da voz. "Na maioria dos casos, a primeira abordagem deve ser cirúrgica. Em tumores mais avançados, pode haver necessidade de radioterapia, como tratamento adjuvante (complementar à cirurgia)", explica Paulo Pontes.

O tipo de procedimento cirúrgico a ser adotado é avaliado pelo cirurgião, levando em conta a relação custo e benefício do paciente, pois as seqüelas representam um grande impacto na sua vida. "Às vezes, quando a extensão do tumor é muito grande, é preferível preservar o órgão. Nesses casos, o tratamento mais adequado para controlar a doença é a combinação de radioterapia com quimioterapia", conclui Pontes.

Com a laringectomia total, não haverá mais passagem de ar pelo nariz e pela boca para as vias respiratórias. A inspiração e a expiração serão feitas através de um orifício no pescoço, chamado traqueostoma. O caminho por onde passa o alimento não se altera.

Reaprendendo a falar

A recuperação da fala será possível por meio da voz esofágica, usando a via digestiva para emissão de som. A voz esofágica é produzida pela expulsão do ar que vem da parte superior do esôfago e vibra nas suas paredes, emitindo sons, que se transformam em sílabas, depois em palavras e frases, até o domínio total da fala.

O processo de aprendizagem vocal exige a participação ativa do paciente e de sua família, mas o tempo de adaptação e a qualidade da sua fala dependem do acompanhamento do fonoaudiólogo, cujo trabalho é imprescindível para sua reabilitação e adaptação à nova realidade.

No Brasil, infelizmente, são poucos os pacientes que recebem atendimento fonoaudiológico, uma vez que a maioria dos planos de saúde não dá cobertura financeira para reabilitação de laringectomizados.

Eletrolaringe

Aparelho eletrônico utilizado em casos de perda da voz, quando o paciente ainda não aprendeu a falar com a voz esofágica.

Nesses casos, o aparelho é uma alternativa para que ele possa comunicar-se, pressionando levemente a eletrolaringe no pescoço, enquanto movimenta a boca e língua (falando, mesmo sem emitir som).


texto extraído da matéria:
"Reaprendendo a falar"
revista Hands nº 6 - outubro / novembro 2001

 



Obs.:
- Todo crédito e responsabilidade do conteúdo são de seus autores.
- Publicado em 17/11/03

- fonte: Instituto Day Care Center - http://www.daycare.com.br/

 

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